El Amor Brujo

Concertos de Domingo

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Grande Auditório Fundação Calouste Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian
Lina González-Granados Maestrina
Maria Luísa de Freitas Meio-Soprano
Cristian Grajner de Sa Violino
Vera Dias Comentadora

Maurice Ravel (1875 – 1937)
Le Tombeau de Couperin
1. Prélude
4. Rigaudon

Camille Saint-Saëns (1835 – 1921)
Introdução e Rondó Caprichoso, em Lá menor, op. 28

Manuel de Falla (1876 – 1946)
Suite de El Amor Brujo
1. Introducción y Escena

2. En la Cueva: La Noche
3. Canción del Amor Dolido
4. El Aparecido
5. Danza del Terror
6. El Circulo Mágico: Romance del Pescador
7. A Media Noche: Los Sortilegios
8. Danza Ritual del Fuego
9. Escena
10. Canción del Fuego Fatuo
11. Pantomima
12. Danza del Juego de Amor

Maurice Ravel (1875 – 1937)
Tzigane

São raras as imagens sobreviventes de Rosario Monje, conhecida por Rosario La Mejorana, uma das mais luzentes estrelas para a comunidade do flamenco. Rosario, nascida em Cádiz, em 1858, permanece como uma das mais lendárias bailaoras (bailarinas) do género musical e dançado andaluz, tendo alcançado uma enorme notoriedade ao atuar e se tornar uma atração do Café de Silverio – numa altura em que os cafés andaluzes eram ninhos de uma cultura vivida à flor da pele e no fio da navalha. Por vezes, literamente “no fio da navalha”, uma vez que cantores e bailarinas se faziam acompanhar por pistolas e navalhas para sua segurança, ao integrarem um meio popular em que a ameaça de tudo poder descambar em violência alimentava também a visceralidade das interpretações.

A filha de Rosario La Mejorana havia de seguir as pisadas da mãe no flamenco, apoiando-se no seu magnetismo natural e herdado para se tornar a mais prestigiada bailaora do seu tempo. Foi Pastora Imperio, a sucessora de Rosario, a desafiar o compositor espanhol Manuel de Falla – filho de pai andaluz e mãe catalã – a compor para si o ballet El Amor Bujo, com o libreto de Gregorio Martinez Sierra a basear-se tanto nas superstições da Andaluzia quanto na figura de Rosario La Mejorana. Partindo da lenda de um homem cigano que, depois de morto e tomado pelos ciúmes, boicota as tentativas da sua amada de encontrar um novo amor, Falla soube também integrar a música tradicional espanhola na sua criação, contaminando as suas notas com os ritmos e as notas exuberantes e de emoções extremas próprios do flamenco.

O pretexto de criar para essa narrativa profundamente entranhada na cultura cigana e espanhola ofereceria a Manuel de Falla uma oportunidade extraordinária para abordar esses motivos musicais, carregando a partitura de uma sonoridade deslumbrante, abrilhantada pelas melodias vindas do canto jondo (o canto do flamenco). O folclore local constituir-se-ia também como principal inspiração para Maurice Ravel na composição de Tzigane. Mas tal aconteceu, antes de mais, porque Ravel, depois de se cruzar com a violinista húngara Jelly d’Arányi em Londres, deslumbrado pelo seu virtuosismo, pediu-lhe repetidamente que tocasse melodias ciganas noite fora. Passados dois anos, havia de entregar-lhe a partitura de Tzigane, pejada de ideias estimuladas pela música popular da Hungria.

A história de Ravel e d’Arányi não está muito distante daquela que viveu Camille Saint-Saëns ao fascinar-se com a técnica encantatória do violinista Pablo de Sarasate. No caso, exemplifica também um frequente e fervoroso interesse dos compositores franceses da época em trabalhar a partir de motivos da música tradicional espanhola. Em todas estas peças, a atração dos compositores era não apenas pela integração de elementos da música tradicional, mas também por aqueles para quem compunham. Saber quem interpretará cada nota, tocada ou dançada, indica um caminho precioso para iluminar uma composição. É isso também que aqui descobriremos.

Lina González-Granados é uma maestrina colombiana elogiada pela sua “atenção às cores orquestrais” e pela sua “direção de enorme clareza e assertividade”. Fundadora e diretora artística do Unitas Ensemble, uma orquestra de câmara dedicada à divulgação e interpretação de obras de compositores latino-americanos, tem conquistado um lugar de destaque no circuito internacional. Na companhia do violinista Cristian Grajner de Sa, que muitos apontam como uma das grandes estrelas futuras do violino, interpretará uma das peças mais encantadoras de Camille Saint-Saëns, Introdução e Rondó Caprichoso, seguida de obras fulgurantes de Falla e de Ravel.

 

Como se relacionam a música e a ciência? Numa parceria com o Instituto Gulbenkian de Ciência, em cada Concerto de Domingo um investigador é convidado a apresentar um tema que relaciona as duas áreas.

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