Cinco cogumelos para descobrir no Jardim em novembro e dezembro

Um naturalista no Jardim Gulbenkian

O outono é a época certa para procurar cogumelos, pequenos tesouros de florestas e jardins. Para começar, descubra estas cinco espécies no Jardim Gulbenkian.
Wilder 21 nov 2018 3 min
Um naturalista no Jardim Gulbenkian

Em Portugal, há centenas de espécies para descobrir. E são imprescindíveis porque ajudam a decompor a manta morta e disponibilizam alimento às plantas, ajudando-as a sobreviver. Procure-os em dias de chuva ou de elevada humidade e temperaturas amenas, entre os 18ºC e os 25ºC. Para começar, descubra estas cinco espécies no Jardim Gulbenkian, identificadas com a preciosa ajuda de Rute Rainha Pacheco, especialista em Micologia.

Chapéu-leitoso

Lactarius torminosus

© Wilder
© Wilder

É quase certo que este cogumelo é um Lactarius torminosus. Para termos a certeza, teríamos de lhe partir as lâminas e confirmar se deitam um suco leitoso branco, conhecido por látex. As margens do chapéu são hirsutas e desfiadas e surgem enroladas quando o cogumelo é ainda jovem. Esta espécie encontra-se apenas debaixo de bétulas, como é o caso dos vidoeiros (Betula celtiberica) que pode encontrar no Jardim Gulbenkian, por exemplo na zona do roseiral.

Orelha-de-gato

Helvella crispa

© Wilder
© Wilder

Tem um tamanho relativamente grande e uma forma original, com um pé retorcido e um chapéu muito lobular. Este orelha-de-gato é saprófito, ou seja, alimenta-se de matéria orgânica em decomposição. É normalmente encontrado em bosques de folhosas, em parques e zonas de relva ou musgosas. É mais fácil observá-lo entre agosto e novembro.

Laccaria sp.

© Wilder
© Wilder

Neste género cabem várias dezenas de espécies de cogumelos. Um dos mais comuns é o Laccaria laccata, com formato e cor muito variados, mas difícil de identificar por ser semelhante a uma dezena de outras espécies. Em inglês, aliás, chamam a este Laccaria laccata “o enganador” (“The Deceiver”). Todos os cogumelos do género Laccaria são micorrizas, ou seja, vivem associados às raízes de determinadas plantas – uma relação simbiótica em que uns e outras são beneficiados.

Guarda-sol-fedorento

Lepiota cristata

© Wilder
© Wilder

Identifique este cogumelo pelo seu tamanho (o chapéu costuma ter entre dois e quatro centímetros), pela presença de escamas acastanhadas no chapéu, pelo anel frágil no pé e por um odor distintivo. O chapéu começa por ser convexo e, quando se torna mais maduro, fica quase plano.

Cortinarius sp.

© Wilder
© Wilder

Aqui está mais um cogumelo cuja identificação é um desafio. Um dos mais frequentes será o cortinário-comum (Cortinarius trivialis), que pode ter um chapéu de cor acastanhada até aos 10 centímetros de diâmetro. O seu pé, normalmente com 10 centímetros de altura, tem restos fibrosos de cor mais escura.

Série

Um naturalista no Jardim Gulbenkian

Uma vez por mês, ao longo de um ano, a revista Wilder revelou algo a não perder no Jardim Gulbenkian e lançou-lhe um desafio: descobrir e fotografar ou desenhar cada descoberta. No ano seguinte, a partir da biodiversidade do jardim, e com a ajuda de especialistas, respondemos a vários “como e porquê” de aves, insetos, mamíferos, anfíbios e plantas.

Explorar a série

Definição de Cookies

Definição de Cookies

Este website usa cookies para melhorar a sua experiência de navegação, a segurança e o desempenho do website. Podendo também utilizar cookies para partilha de informação em redes sociais e para apresentar mensagens e anúncios publicitários, à medida dos seus interesses, tanto na nossa página como noutras.