Exposição de esculturas de Daniel Graffin (1938), proposta pela Embaixada de França em Portugal, com o apoio da Association Française d'Action Artistique, inaugurada no Hall do Centro de Arte Moderna a 18 de maio de 1984, associada às comemorações do Dia Internacional dos Museus. O programa incluiu uma exposição paralela de desenhos e gravuras de Schang Hutter (1934) e uma mostra de cinema com enfoque na arte francesa (Carta de Jacques Trihoreau para José Sommer Ribeiro, 1 set. 1983, Arquivos Gulbenkian, CAM 00021).

Intitulada Esculturas ao Vento, a exposição de Daniel Graffin compreendeu 14 esculturas monumentais, construídas em material têxtil – tecido de paraquedas, fitas de algodão, poliéster e nylon –, conjugado pontualmente com material pesado, e cujo essencial, no dizer de Fernando de Azevedo, residia «na relação cinética de uma forma construída com as forças naturais» (Azevedo, Colóquio/Artes, set. 1984, p. 65). A «arte dos enganos» que dali parecia resultar encenava «uma poética do volume e do não-volume em movimento eólico no espaço» (Ibid.).

Devido à sua natureza, as obras de Daniel Graffin eram frequentemente expostas ao ar livre, mas tal não sucederia em Lisboa, como assinalou com algum pesar Fernando de Azevedo.

Durante o período em que esteve patente (aproximadamente um mês), a exposição foi vista por 6786 visitantes. Antes de ser apresentada em Lisboa, esteve patente na Tunísia.

Ana Lúcia Luz, 2017