Exposição coletiva de gravura austríaca, promovida pelo Ministério da Educação e da Arte da Áustria e pela Embaixada da Áustria em Portugal, e organizada com o apoio da Sociedade dos Artistas Pintores em Viena e da XYLON Áustria, por intermédio da comissária e artista Eva Choung-Fux. A sua apresentação em Lisboa ficou a dever-se à colaboração entre a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e o adido cultural da referida embaixada.

A realização desta mostra foi proposta à FCG pela Embaixada da Áustria em Portugal em março de 1983, acabando por se concretizar em junho do mesmo ano, na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 01), contando com a representação de 18 artistas austríacos, ativos a partir da segunda metade do século XX, num conjunto de 151 obras.

Referindo-se ao valor destes exemplares, o pintor Fernando de Azevedo concluiria:

«Tecnicamente sempre muito bem conseguidas, não desmentindo nunca o curriculum profissional dos seus autores, são no seu conjunto uma amostragem convincente e variada nos seus teores expressivos, do interesse e evidente qualidade adquirida pela gravura austríaca.» (Azevedo, Colóquio/Artes, set. 1983, p. 68)

Estes exemplares, que resultam de um processo multiplicador aplicado sobre uma matriz trabalhada na madeira, enquadravam-se em tendências artísticas distintas, desde o naturalismo, ao expressionismo, passando por algumas experiências não-figurativas.

A curta duração do certame foi justificada pelos atrasos na programação, na sequência da cedência das instalações da FCG para as eleições legislativas de 1983 (Carta de José Sommer Ribeiro para o embaixador da Áustria em Portugal, 11 fev. 1983. Arquivos Gulbenkian, SEM 00277).

Esteve igualmente prevista a apresentação da exposição no Porto (Museu Nacional de Soares dos Reis), Coimbra, Braga, Madeira e Açores; todavia, não foi possível confirmar a concretização dessas intenções.

Filipa Coimbra, 2017