Exposição realizada na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), inaugurada a 9 de janeiro de 1979, com a apresentação da obra do artista austríaco Friedensreich Hundertwasser (1928-2000).

Com esta iniciativa, pretendeu-se divulgar junto do público português a obra de um artista de renome internacional, reforçando-se uma das linhas programáticas da FCG, e incentivar o intercâmbio cultural entre a Áustria e Portugal.

A exposição visou recriar o singular pensamento estético de Hundertwasser apresentando essencialmente a sua obra gráfica, de intenso cromatismo, num espaço amplo, compartimentado em núcleos comunicantes, onde os objetos expostos se mostravam ao público por entre pontuais apontamentos naturais que se espalhavam por toda a sala de exposição. Como refere José-Augusto França: «Uma exposição de plantas e arbustos, fotografias e documentos, e gravuras, constitui um espectáculo labiríntico em que se regozija este artista famoso.» (França, Colóquio/Artes, n.º 40, p.71)

Esta mostra, com itinerância internacional, apresentou um conjunto de trabalhos evocativos das atmosferas feéricas e oníricas, de intensa cor e mordaz expressividade, ilustrativos do percurso do artista, em atividade desde meados de 1940.

A exposição foi também organizada na cidade do Porto, no Centro de Arte Moderna do Museu Nacional de Soares dos Reis, com inauguração no dia 6 de março de 1979.

Isabel Falcão, 2017