Exposição dedicada a Vítor Pomar (1949) e organizada pelo Serviço de Exposições e Museografia da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo sido inaugurada na Galeria de Exposições Temporárias (piso 0), em julho de 1980. Reuniu 50 pinturas a preto-e-branco, produzidas entre 1977 e 1980. Em texto crítico da época, Fernando de Azevedo diria que «a única disciplina é o preto-e-branco e as suas passagens na mistura ou na sobreposição» (Azevedo, Colóquio/Artes, n.º 46, set. 1980, p. 70).

Pomar reúne aqui uma obra «cujo epicentro não é europeu, nem no espírito, nem na prática, nem mesmo sequer no seu voo dimensional. A referência será a americana e a partir de Pollock» (Ibid., p. 69). Como complemento desta mostra, foram projetados dois filmes realizados pelo artista: A Minha Educação e Retrato de Músicos.

Depois de estar patente em Lisboa, o mesmo grupo de obras foi apresentado no Porto e em Setúbal, nos anos de 1981 e 1982. Esta itinerância foi também da responsabilidade da Fundação Calouste Gulbenkian, que assumiu os encargos com o transporte das obras e a sua montagem.

Joana Brito, 2015