Sergio Telles. Portugal. Peintures

Exposição individual do artista e diplomata brasileiro Sergio Telles (1936), dedicada exclusivamente a imagens de Portugal, país onde desempenhou funções diplomáticas. A mostra apresentou cerca de 25 pinturas que combinam a sua ação de diplomata com a de artista, exprimindo a sua visão cosmopolita.
Solo exhibition on Brazilian artist and diplomat Sérgio Telles (1936) dedicated exclusively to images of Portugal, where he was posted. The show featured 25 paintings that combined his diplomatic work with his art, reflecting his cosmopolitan vision.

Exposição individual do artista brasileiro Sergio Telles (1936), organizada pelo Centre Culturel Calouste Gulbenkian (CCCG), em Paris, onde esteve patente ao público entre 23 de outubro e 20 de novembro de 2001. A mostra reuniu 25 pinturas, selecionadas por Francisco Bethencourt, à época diretor do CCCG.

A mostra de Sergio Telles em Paris exprime, simultaneamente, a visão cosmopolita de um artista que se assume como cidadão do mundo, por inerência da sua carreira de diplomata, e a nostalgia que decorre das suas vivências em Portugal, nomeadamente durante o período em que exerceu funções na embaixada do Brasil em Portugal.

Consequentemente, a obra de Telles manifesta um sincretismo entre Portugal e Brasil que se enquadra na estratégia do CCCG de abertura ao mundo lusófono. Com efeito, na pintura de Telles observa-se a coexistência de símbolos e paisagens tipicamente portugueses e dinâmicas pictóricas caracteristicamente brasileiras.

António Monteiro, no texto que assina no catálogo da exposição, descreve assim a pintura do artista: «Sergio Telles enrichit, par sa manière puissante de travailler la toile, la réalité vivante des villes, des campagnes, des plages et des gens du Portugal, en leur rendant en retour, l’univers modèle que les Portugais ont construit au Brésil.» (Sergio Telles. Portugal. Peintures, 2001, p. 9)

O seu trabalho de colorista impetuoso e espontâneo, como o caracterizou Gaston Diehl (Sergio Telles, 1988), combina-se com a mestria no tratamento da luz, numa representação de certa forma naturalista dos lugares que pinta.

A exposição em Paris corresponde à terceira mostra de Sergio Telles na Fundação Calouste Gulbenkian. A primeira ocorrera em 1971, «Paysages du Portugal par Sérgio Telles», a convite de José de Azeredo Perdigão, e a segunda em 1988, a retrospetiva «Sergio Telles».

A obra de Sergio Telles está presente em importantes acervos portugueses e internacionais, dos quais se destacam o Museu Grão Vasco (Viseu), o Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto), o Museu de Évora e o Museu Calouste Gulbenkian (coleção do Centro de Arte Moderna), no contexto nacional, ou o Museu Hermitage (Sampetersburgo), o Musée National d'Art Moderne (Paris) ou o Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, num quadro de museus internacionais.

A exposição foi acompanhada por um catálogo, que compreende textos de Francisco Bethencourt, Marcos de Azambuja, António Monteiro e José Blanco, bem como um pequeno texto de Jorge Amado, incluído anteriormente no catálogo da exposição do artista de 1971, igualmente realizada no CCCG. A estes junta-se ainda um texto de Bernard de Montgolfier, à época conservador do Musée Carnavalet.

A inauguração contou com a presença do artista, na altura embaixador do Brasil no Líbano, de Marcos de Azambuja, embaixador do Brasil em França, e de António Monteiro, embaixador de Portugal em França.

Patrícia Simões, 2019


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Fotografias em álbum da inauguração da exposição

Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Centre Culturel Portugais de Paris), Lisboa / PRS 04896

Álbum com coleção fotográfica, cor: inauguração (CCCG, Paris) 2001


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