Constant Le Breton (1895 – 1985)

Exposição individual do artista francês Constant Le Breton (1895-1985), comissariada por Luísa Sampaio, conservadora do Departamento de Pintura e Escultura. A mostra reuniu 52 pinturas a óleo e 15 aguarelas e fez uma retrospetiva dos grandes temas da carreira do pintor.
Solo exhibition on French artist Constant Le Breton (1895-1985) curated by Luísa Sampaio, conservator in the Painting and Sculpture Service. The show featured around 52 oil paintings and 15 watercolours in a retrospective display of the artist’s painting.

Exposição individual do artista francês Constant Le Breton (1895-1985), organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) através do seu Serviço de Museu e comissariada por Luísa Sampaio, conservadora do Departamento de Pintura e Escultura do Museu Calouste Gulbenkian (MCG).

A mostra integrou 52 pinturas a óleo e 15 aguarelas de Le Breton, pela primeira vez apresentado em Portugal, numa retrospetiva dos grandes temas retratados ao longo da sua extensa carreira: a paisagem, o retrato, as cenas de interior, a naturezas-mortas e as vistas de Paris (Newsletter. Fundação Calouste Gulbenkian, n.º 113, mai. 2010).

Originário de Saint-Germain-des-Prés, Anjou, junto ao Loire, o artista desde cedo demonstrou interesse pelo desenho e pela gravura e, após ter-se visto impedido de prosseguir os seus estudos na École Nationale des Arts Décoratifs, em Paris, por falta de meios e dificuldades familiares, ingressou no exército, aquando da Grande Guerra, realizando durante esse período os seus primeiros desenhos sobre essa temática, os quais revelavam «originalidade, firmeza do traço e recusa do convencional» (Constant Le Breton 1895-1985, 2010, p. 12).

Enquanto exposição retrospetiva do conjunto da obra de Le Breton, no material de divulgação lê-se que esta mostra «faz uma retrospectiva dos grandes temas da sua extensa carreira – a paisagem, o retrato, as cenas de interior, a natureza-morta, as vistas de Paris –, estando para tal dividida em seis secções distintas que documentam a variedade da sua produção pictórica. Na mostra é ainda possível constatar a dívida artística que o conjunto da obra de Constant Breton deixa transparecer relativamente à pintura da segunda metade do século XIX – é notório nos seus trabalhos a influência de grandes nomes como Corot, Boudin e Manet – período que mereceu […] uma atenção especial por parte de Calouste Sarkis Gulbenkian na constituição da sua coleção» (Comunicado de imprensa, 2010, Arquivos Gulbenkian, ID: 251626).

A exposição, cujo projeto museográfico ficou a cargo de Ricardo Viegas, integrou, ao longo de seis núcleos, um conjunto de obras do artista (provenientes de várias coleções, públicas e privadas), com destaque para Retrato de Família (1932), da coleção do Musée des Années Treinte, em Boulogne-Billancourt (Newsletter. Fundação Calouste Gulbenkian, n.º 113, mai. 2010).

O projeto foi coordenado pelo diretor do MCG, João Castel-Branco Pereira, e pelo seu diretor-adjunto, Nuno Vassallo e Silva, que reuniu, a 14 de março de 2009, com Jean-Marie Le Breton e sua mulher, para discutirem a organização da exposição. De acordo com a ata redigida após esse encontro, ficou decidido que teria de existir uma maior seleção de retratos, uma vez que o artista era conhecido como retratista. Os membros da família de Constant Le Breton solicitaram ainda que a mostra fosse acompanhada pela publicação de um catálogo, sugerindo que este tivesse a mesma estrutura da obra que foi editada por ocasião da exposição «Evocações, Passagens, Atmosferas. Pintura do Museu Sakip Sabanci, Istambul», patente na Fundação em 2007 (Ata, 14 mar. 2009, Arquivos Gulbenkian, MCG 03541).

A publicação – editada em português e francês – conta com uma introdução do presidente da FCG, Emílio Rui Vilar, seguindo-se um conjunto de dois breves ensaios, um deles da autoria do pintor francês Arnaud d'Hauterives e o outro de Jean-Marie Le Breton.

De acordo com Arnaud d'Hauterives, Constant Le Breton destacou-se no panorama artístico do século XX por conseguir fazer transparecer nos seus trabalhos «aquilo que mais importa, o carácter do personagem», através de uma «invenção na forma como assinala os seus modelos e as suas figuras com manchas de luz, muitas vezes quase brutais, e que esbatem quaisquer traços particulares dos rostos, tantas vezes com o objectivo consciente de reter apenas o essencial» («Constant Le Breton 1895-1985», 2010).

No texto «Pintor por vocação. Constant Le Breton (1895-1985», Jean-Marie Le Breton evoca algumas das memórias escritas pelo artista no final da vida. Para ele, pintar era uma «necessidade vital» e o único valor que perdurava era «ser verdadeiro e simplesmente verdadeiro» («Constant Le Breton 1895-1985», 2010).

A inauguração da mostra na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 01), no dia 20 de maio de 2010, contou com a presença dos membros da família do artista, Jean-Marie Le Breton e mulher, e de representantes da FCG, entre os quais a comissária Luísa Sampaio, o presidente da FCG, Emílio Rui Vilar, João Castel-Branco Pereira, o responsável pela coordenação editorial do catálogo, João Carvalho Dias, entre muitos outros.

Joana Atalaia, 2019


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Luisa Sampaio (dir.)
João Carvalho Dias (esq.)
Emílio Rui Vilar, Teresa Patrício Gouveia e José Blanco (da esq. para dir.)
José Blanco, Emílio Rui Vilar e Eduardo Lourenço (da esq. para a dir.)
Luísa Sampaio (ao centro), Emílio Rui Vilar (à dir.)
Emílio Rui Vilar (centro, dir.) e Luisa Sampaio (dir.)
Luisa Sampaio  (esq.) e Emílio Rui Vilar (dir.)
Luisa Sampaio (de costas), Emílio Rui Vilar (dir.) e João Castel-Branco Pereira (atrás)
Luisa Sampaio (esq.) e Emílio Rui Vilar (dir.)
Emílio Rui Vilar (dir.)
Emílio Rui Vilar (dir.)
Luisa Sampaio (atrás, esq.) e Fernanda Passos Leite (atrás, dir.)

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Museu Calouste Gulbenkian), Lisboa / MCG 03541

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém convite, ata de uma reunião, lista de obras e reprodução das obras expostas. 2012 – 2012


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