O cineasta António Campos dedicou-se ao documentário e ao filme etnográfico, assinando, entre outros, os filmes Vilarinho das Furnas (1971), Falamos de Rio de Onor (1974) e A Almadraba Atuneira (1961), que o posicionam como elemento-chave do Novo Cinema em Portugal.
Foi membro do Grupo Dramático Miguel Leitão, de Leiria, e funcionário da Escola Industrial e Comercial de Leiria, atual Escola Secundária de Domingos Sequeira, para a qual realizou por encomenda o vídeo Exposição da Obra do Escultor Joaquim Correia na Biblioteca da Escola (1968).
Partiu para Londres em outubro de 1960, para frequentar o curso de Documentarista na condição de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG). Em 1962, ano em que começa a colaborar com o Serviço de Projetos e Obras, produz o seu primeiro filme para a FCG: Instrumentos Musicais Portugueses/Exposição de Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Documenta, também, entre 1962 e 1969, as obras de construção da Sede, do Museu e do Grande Auditório, reportagens essas que foram montadas em vídeo para a exposição «Sede e Museu Gulbenkian: A Arquitectura dos Anos 60», em 2006.
Ingressou nos quadros da Fundação Calouste Gulbenkian em 1970 como técnico de cinema, no Serviço Técnico do Auditório e do Som, passando a integrar o Serviço de Belas-Artes como realizador cinematográfico em 1974 e até 1978. A sua atividade passou por documentar várias exposições e registar obras de arte em vídeo, documentos que não estão editados na sua totalidade e se encontram depositados no Arquivo Nacional da Imagem em Movimento (ANIM).
António Campos foi também o correspondente em Portugal da Federação Internacional dos Filmes sobre Arte e membro da União Internacional dos Cineastas Independentes (UNICI). Em 2013, foi homenageado no I Festival Internacional de Cinema Etnográfico (CinANTROP), em Leiria.