Documentário realizado no âmbito da exposição «Arte do índio Brasileiro», organizada em 1966 pela Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com a Embaixada do Brasil, e patente na Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA). Alternando imagens documentais sobre a vida das tribos índias com reproduções da referida exposição, este documentário assume-se como um testemunho muito completo, informado e ilustrado acerca do tema. Segundo o locutor, «a presente exposição foca os dois aspetos fundamentais das culturas ameríndias do Brasil […]: aspetos arqueológicos e etnográficos propriamente ditos».

Observam-se imagens dos nativos brasileiros nos seus territórios, mostrando aspetos da sua cultura, costumes e indumentária. O locutor informa acerca das várias práticas e vivências naquela zona da bacia do Amazonas: a caça, a agricultura, a música, a relação com a morte, e técnicas para construir cabanas e refúgios. Pontualmente, o documentário é complementado com imagens captadas na exposição da SNBA, onde, além do cartaz publicitário, reconhecemos algumas peças expostas, cujos motivos e temas são usados para ilustrar o documentário, dando a ver nomeadamente: pinturas com motivos figurativos (animais, florais e geométricos); esculturas com formas fálicas, ou pintadas e decoradas com tecidos, cabelos, palha, penas…; cestos; objetos de cerâmica; instrumentos musicais; facas e punhais, entre outros artefactos.