Reportagem das comemorações dos 80 anos de Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992), realizada na Fundação Calouste Gulbenkian no ano de 1888. Na mesma instituição estava a decorrer uma exposição retrospetiva da artista portuguesa, naturalizada francesa.
A reportagem reproduz imagens das várias salas onde o evento decorreu, das obras expostas e do público. Estão presentes José de Azeredo Perdigão, o primeiro presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, e Mário Soares, na altura presidente da República. No discurso que profere, este último menciona que o país não terá estado «à altura das circunstâncias», forçando Vieira da Silva e o marido, o pintor judeu de origem húngara Arpad Szenes, a refugiarem-se no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e no período pós-guerra. Descreve também a artista como uma «mulher independente» e condecora-a com Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, destinada a homenagear e a distinguir serviços relevantes em prol da causa da liberdade.