Almada, Um Nome de Guerra [mesa-redonda e conferência]

Este registo áudio integrou a exposição dedicada a Ernesto de Sousa (1921-1988), «Revolution My Body», que decorreu em março e abril de 1998, no CAMJAP. A exposição incluiu obras do homenageado e trabalhos de outros autores que, direta ou indiretamente, conviveram com Ernesto de Sousa e partilharam das suas experiências e valores – nomeadamente, de valorização do efémero e do sentido de festa e convívio. Empenhada em corresponder ao trabalho de Ernesto e à sua tentativa de aproximação entre arte e vida, a exposição partiu da ideia de reunir alguns acontecimentos coletivos protagonizados por Ernesto de Sousa e amigos, particularmente em episódios de festas ou de simples convívios, na casa de Isabel Alves e Ernesto, ou em casa de outros.

O CD áudio corresponde à gravação da mesa-redonda e conferência sobre Almada Negreiros (1893-1970), que evidenciou a apresentação do filme Almada, Um Nome de Guerra, da autoria de Ernesto de Sousa. Este encontro decorreu a uma segunda-feira, na Sociedade de Belas-Artes (SNBA) em Lisboa, no ano de 1969, e nele estiveram presentes José-Augusto França, Ernesto de Sousa, Francisco Bronze, Rui Mário Gonçalves, Fernando Pernes, Vítor Silva Tavares, José Pacheco Pereira e Joaquim Vieira.

São recolhidos os depoimentos de J.-A. França e de Ernesto de Sousa. O primeiro apresenta-nos o tema da conferência e a notícia da realização do filme de Ernesto, apresenta os oradores e explica brevemente o homem, a figura e a obra de Almada Negreiros. Almada foi para Ernesto de Sousa uma referência permanente: considerava-o, de facto, um dos primeiros homens de cultura. Ernesto explica que a gravação da mesa-redonda tem por objetivo final integrar o estudo de Almada, que não só resultará no filme, mas também num livro. Enfatiza, além disso, a complexa biografia de Almada Negreiros, o seu contexto artístico, histórico e cultural: «Interessa-me o Almada Negreiros como um raro exemplo (para mim isso é que é discutível naturalmente) de modernidade.» Para ele, Almada terá tido as ideias mais modernas do teatro contemporâneo de então.

Ernesto estabelece um paralelo entre o artista e Jorge de Sena (1919-1978), afirmando que, no contexto da poesia, Almada seria o primeiro poeta moderno de Portugal.

Edição
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 7 jul 1969
Duração
26 min 52 s
Participante(s)
Ernesto de Sousa, Fernando Pernes, Francisco Bronze, José-Augusto França, Rui Mário Gonçalves
Proveniência
Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 31388
Direitos
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Material Gráfico


Exposições

Almada

Almada

1984 / Centro de Arte Moderna, Lisboa

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