Discurso de Sommer Ribeiro e Imagens do Interior do CAM
Este vídeo integrou a exposição dos «50 Anos de Arte Portuguesa», de junho a setembro de 2007, comemorativa dos 50 anos da Fundação Calouste Gulbenkian (1956-2006). Regista parte de um discurso do arquiteto José Sommer Ribeiro proferido no interior do Centro de Arte Moderna (CAM), numa fase avançada da sua construção. Sommer Ribeiro começa por fazer um ponto de situação relativamente ao projeto arquitetónico. Aludindo à polémica inicial surgida em torno do desenho do CAM, Sommer Ribeiro alude às circunstâncias em que Sir Leslie Martin (1908-2000) foi convidado a executar o projeto, recordando que o arquiteto já havia sido consultor aquando da construção do edifício Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian: «Após numerosas trocas de impressões, daí resultou um estudo-base […], que tinha sido […] objeto de um estudo cuidadoso, em que intervieram não só serviços da Fundação, como especialistas nacionais e estrangeiros. Esse estudo-base respondia tão bem ao nosso programa, que a Administração da Fundação convidou Sir Leslie Martin a executar o projeto.»
Traçado, resumidamente, o historial do projeto arquitetónico do CAM, Sommer Ribeiro explicita o programa do Centro de Arte Moderna na sua correlação com o espaço, descrevendo, in situ, os setores do museu e o seu futuro conteúdo: «O principal [setor] destina-se à arte portuguesa desde 1910 até aos nossos dias. É este grande espaço [referindo-se à nave central do CAM] que será devidamente compartimentado e em que serão apresentadas as diversas correntes, desde o arranque do Modernismo português, e que certamente terá pontos fixos […], com nomes importantes, como o de Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Botelho, Eloy, o Grupo Surrealista Português, os abstracionistas... Mas este edifício compõe-se de um outro setor que reputamos extremamente importante, que é o Centro de Arte Moderna. Esse Centro de Arte Moderna divide-se em ateliês experimentais, sala de exposições temporárias e sala polivalente. Procurar-se-á que este centro seja realmente um centro vivo, um centro de pesquisa, um centro de trabalho e também um centro de convívio.»
A gravação termina com imagens captadas no setor das reservas do CAM, ainda desocupadas.
Edição
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; O Som e a Fúria, 1983
Duração
3 min 36 s
Participante(s)
José Sommer Ribeiro
Proveniência
Arquivos Gulbenkian (Serviço de Belas-Artes), Lisboa / CDVD 0372
Direitos
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