- Obras
- Pintura
- Bichiário
O Fio e a Agulha
- N.º Inv.
- ADP180
- Data
- 1984
- Materiais e técnicas
- Tinta acrílica sobre tela
- Medidas
- 103 x 81 cm
- Proveniência
- Coleção privada
- Inscrições
«A. Dacosta 84»
[frente, canto inferior direito]«O fio e a agulha
A Dacosta 84»
[verso]
Esta obra, apresentada pela primeira vez em 1984, o ano da sua produção, na Galeria Zen, apresenta a mesma moldura que encontramos nas obras Minotauro [ADP142] e Quatro Flores para Goya [ADP143], ambas de 1981, o que poderá estabelecer uma relação desta pintura com o universo mitológico explorado por Dacosta nas duas obras mencionadas, mais precisamente com o mito do Minotauro. A figura feminina central pode ser vista como Ariadne, filha de Minos, que se apaixonou por Teseu e lhe forneceu um novelo para este se guiar no labirinto do Minotauro. É também possível ler esta obra através de diferentes enquadramentos mitológico-narrativos. Podemos, por exemplo, pensar nas mitológicas Fiandeiras de Aracneia, narradas nas Metamorfoses de Ovídio, na qual Aracneia, que se gabava de superar a deusa Palas Atena na tecelagem, é vendida por esta num concurso dessa arte, sendo transformada em aranha como castigo. Por fim, o título poderá também remeter para o Aforismo 31 de António Dacosta «O Fio e a Agulha tecem o nosso destino por mãos das costureiras», remetendo para as Moiras (ou Parcas romanas), motivo também pintado por Dacosta em Três Costureiras Goyescas de 1986 [ADP134]. O macaco e o coelho, que se encontram nas extremidades do quadro, são também animais habitualmente retratados pelo pintor, fazendo parte do seu bichiário (como em Coelho [ADD236] ou Sem título (Macaco) [ADP279]).
Exposições
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Antonio_Dacosta_Galeria_Zen_1984.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Antonio_Dacosta_CAM_1988-576x360.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_AntonioDacosta_Fundacao_de_Serralves_2006_ADP257-576x360.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/05/Biblio_Representacao_Portuguesa_a_18a_Bienal_Internacional_de_Sao_Paulo_1985-576x360.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2022/02/Expo_XVIII_BienalSP-576x360.jpg)
- Coletiva
XVIII Bienal de São Paulo. Representação Portuguesa
1985 / Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo, Brasil
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Forum_de_Arte_Contemporanea_1988-576x360.jpg)
Bibliografia
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/1990_9_dez_Publico_Magazine_p1.jpg)
Pinharanda, João, António Dacosta. Saudades deste sítio. Público (Magazine), n.º 280, Lisboa, 09 dez 1990, pp. 1-2, 22-24, 26-28
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/09/Biblio_75_Artistas-em-Portugal_1989-Copy-576x772.jpg)
Botelho, Margarida, 75 Artistas em Portugal. Maia: Casteliva Editora, 1989, pp. 32-35
Antologia Crítica
Documentação
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/DocR_ADP180_Expo_Galeria_111_1988_1.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/DocR_ADP180_Expo_Galeria_111_1988_2.jpg)
Obras Relacionadas
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP142_1.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP143_1.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP161_1.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP193.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP184_1.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP182.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP279.jpg)