- Obras
- Pintura
- Festas do Espírito Santo
- Em Louvor de
Em Louvor de…
- N.º Inv.
- ADP192
- Data
- 1984
- Materiais e técnicas
- Tinta acrílica sobre madeira
- Medidas
- 61,5 x 48,5 cm
- Proveniência
- Col. Isabelle Cazaubon
- Inscrições
«A. Dacosta
84»
[frente, canto inferior direito]
Esta obra pertence à série Em Louvor de, uma série constituída por um painel de grande dimensão com vários elementos, que se articula com mais seis painéis, entre os quais este, com a caveira de um bovino. A série foi apresentada pela primeira vez no âmbito da homenagem a António Dacosta na II Bienal dos Açores, em 1987, com retrospetiva na Biblioteca Pública de Angra do Heroísmo, e na grande retrospetiva da Fundação Calouste Gulbenkian e da Casa de Serralves, em 1988. A dimensão de proximidade, de cumplicidade entre as peças da série foi apontada pelo próprio pintor que terá pedido «não me dispersem a série» (segundo Pomar, 1990), o que não se verificou, uma vez que as peças foram adquiridas por diferentes colecionadores, pertencendo esta à coleção Isabelle Cazaubon desde 1988.
Esta série define-se a partir de uma articulação com uma peça de maiores dimensões (Em Louvor de… [ADP244]), que inscreve mais elementos relativos ao imaginário profundo de Dacosta e que definiu séries próprias (como Memória e Fontes de Sintra). Nesta pintura, bem como nas restantes que incorporam a série, afigura-se a carcaça da cabeça de um bovino, estabelecendo, segundo a expressão do pintor, uma relação de «comunidade».
Este conjunto assinalava já uma fase de pintura mais melancólica que Dacosta iniciara nesse ano, fazendo a transição entre a dominância da cor nas obras do início da década para uma estética mais sombria focada numa dimensão de ritual e sacrifício. A cabeça de animal que encontramos neste conjunto de obras pode ser relacionada com as festividades do Espírito Santo, recorrentes na obra de Dacosta. Nestas, procedia-se ao abate de animais depois do cortejo do Pesinho do Bezerro (motivo principal da pintura A Festa [ADP31]), após o qual o gado era levado para o matadouro e, no dia seguinte, a sua carne era repartida e distribuída pela população.
Exposições
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Homenagem_a_Antonio_Dacosta_1987.jpg)
- Individual
António Dacosta (II Bienal de Arte dos Açores e Atlântico)
1987 / Biblioteca Pública, Angra do Heroísmo, Açores
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Antonio_Dacosta_CAM_1988-576x360.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Antonio_Dacosta_Peintre_et_Poete_Portugais_1997.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_AntonioDacosta_Fundacao_de_Serralves_2006_ADP257-576x360.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/08/Biblio_Antonio_Dacosta_1914-2014_CAM_2014-576x360.jpg)
Bibliografia
Antologia Crítica
Obras Relacionadas
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP213.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP214.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP226.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP227.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP486.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2022/07/ADP244_ed-576x704.jpg)
![](https://cdn.gulbenkian.pt/dacosta/wp-content/uploads/sites/44/2019/04/ADP245.jpg)