- Obras
- Pintura
- Surrealismo
Cena Aberta
- N.º Inv.
- ADP746
- Data
- 1940
- Materiais e técnicas
- Óleo sobre tela
- Medidas
- 159,5 x 200 cm
- Proveniência
Col. CAM – Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (Inv. 80P123)
- Inscrições
«A. Dacosta»
[frente, canto inferior esquerdo]
Exposta em 1940, na importante exposição surrealista na Casa Repe [n.º 7], com António Pedro e Pamela Boden, era a maior obra de Dacosta na exposição, como de toda a sua primeira grande fase de produção, sendo uma pintura de referência do seu surrealismo.
«Sendo a maior tela pintada por Dacosta e falando em abertura no título, apresenta paradoxalmente, das suas imagens mais claustrofóbicas, uma das suas mais claras notações desta fase», daí que o crítico José Luis Porfírio a apresente como «um ponto de partida para vermos a obra de António Dacosta», assumindo «plenamente o tablado surrealista» (Porfírio, António Dacosta 1914 | 2014, 2014, pp. 14-15). Esta obra foi adquirida pelo Centro de Arte Moderna (atual Museu Calouste Gulbenkian – Coleção Moderna) em 1980.
Luís da Moura Sobral escreve em Le Surrealisme Portugais sobre esta obra: «Aqui, efetivamente, os contornos dos objetos são definidos sem ambiguidades para que possam estabelecer o elo entre o sentido procurado pelo artista e o imaginário do espectador. De repente, a obra evoca o problema da representação. As marionetas (os atores da representação teatral) olham para o espectador que observa o quadro; entre os dois dá-se uma representação trágica do “mundo real”. (…) Dacosta transpõe a sua obra para o tempo e lugar que lhe são próprios, isto é, o mundo desesperado, olhado por um Portugal desinserido da própria realidade» (Sobral, 1983).
Exposições
- Individual
António Dacosta. Scène Ouverte
2007 / Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation em France, Paris
- Coletiva
20 Pintores Portugueses del Centro Arte Moderno. Fundación Calouste Gulbenkian
1984 / Centro Cultural Caja de Ahorros Municipal de Vigo–Sala de Exposiciones, Vigo, Espanha
- Coletiva
Azares da Expressão ou a Teatralidade na Pintura Portuguesa. Algumas Obras do CAM
1987 / Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
- Coletiva
Imagens da Família na Arte Portuguesa 1801 – 1992
1994 / Museu de José Malhoa, Caldas da Rainha
- Coletiva
Más que Vanguardia. Arte Portugués entre dos Siglos
2016 / Fundación Caja de Burgos, Burgos