Biografia
1975 – 1990 / Regresso

2014 1980

António Dacosta, Bretanha, c. 1980

No dia 1 de janeiro um tremor de terra destrói uma parte importante da Ilha Terceira. António Dacosta não voltará lá até 1987.
Com o apoio de Pedro Tamen, Dacosta pede apoio para a prática da pintura à Fundação Calouste Gulbenkian, e no início de 1980, a Fundação entrega um subsídio a Dacosta para aquisição de materiais e assim poder prosseguir os trabalhos em pintura [Apoio FCG 1980/81]. Dacosta dirige uma carta a Pedro Tamen, datada de 3 de novembro de 1980, a agradecer o subsídio. No final de dezembro de 1980, e após pedido de Dacosta para renovação do subsídio, é despachada por Pedro Tamen a 18.12.1980 nova atribuição de subsídio (concedido em cinco parcelas bimestrais, tal como o anterior) [Arquivo: SBA proc. n.º 3580].
Por estes anos, Manuel de Brito apoia pecuniariamente Dacosta para a preparação de uma exposição individual (a exposição não estava sequer calendarizada, tendo o galerista dado total liberdade criativa a António Dacosta).
Deixa de escrever para O Estado de São Paulo (a última crónica é publicada a 28 de novembro de 1980), reformando-se desta colaboração e suspendendo a sua regular atividade crítica desde 1943 (desde 1955, n’O Estado de São Paulo).
A convite de José-Augusto-França reaparece de forma inesperada com obras recentes em exposições, apresentando um quadro-colagem em certame de apoio à candidatura de Ramalho Eanes à Presidência da República. Esta obra, imediatamente vendida, é um regresso simbólico assinalado com sucesso pelos críticos José-Augusto França e Rui Mário Gonçalves. José-Augusto França, que então dirigia a revista Colóquio Artes, apresenta-a como capa de um dos volumes (n.º 88, março 1991).