Dacosta

Bibliografia
Passiva
Poesia e Prosa poética

As Sublimes Súplicas

Autor(es): ALMEIDA, Bernardo Pinto de
Local: Lisboa
Editor: Galeria 111
Data: 1988
Idioma: Português
N.º páginas: 20
Texto(s): Bernardo Pinto de Almeida, «I. As sublimes súplicas» («1. A visita de António Dacosta em 1984», s.p.; «2. O seu a seu dano/o anjo», s.p.; «3. Vídeo / A melancolia», s.p.; «4. A visita em 1987», s.p.; «5. Ex-votos», s.p.; «6. Sublimes súplicas», s/ p.; «7. Em louvor de», s.p.); «II. A sombra iluminante», s.p.)

Obra editada por ocasião da exposição individual de António Dacosta na Galeria 111.

Obras Relacionadas

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Diálogo

c. 1939

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Janela de Molière

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Fonte de Sintra I («Saudades deste sítio»)

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Bicho Bichial

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Duas Sereias ao Sol na Praia

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Não há sim sem não – O Eremita

1985

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A Flor, a Máscara e Eu Adolescente

1987

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Antologia Crítica

«A Deolinda, que é também uma adivinha, move-se nesse território incerto, arredando na nuca os cabelos muito castanhos e abraçando ao peito uma galinha como uma pietá. Sai, na cor clara e doce da sua pele, de um escuro fundo onde uma enigmática figura toda branca agita de longe uma bandeira.» (ALMEIDA, 1988, p. 4)

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«A Deolinda, que é também uma adivinha, move-se nesse terreno incerto, arredando na nuca os cabelos muito castanhos e abraçando ao peito uma galinha como uma pietá. Sai, na cor clara e doce da sua pele, de um escuro fundo onde uma enigmática figura toda branca agita de longe uma bandeira.» (ALMEIDA, 1988, s.p.)

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Acontecem as coisas como que por acaso: “a imagem faz-se quase por si mesma.” Assim as paisagens da Terceira (I, II e III) de 1975, “Amanhecer/Meio-dia/Entardecer”, fluem sem retórica, como puras vibrações memoriais. Nada da violência convulsiva, cosmográfica, de um Turner, antes a presença ávida da melancolia. A sensualidade da cor e a trouvaille dos […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Acontecem coisas como que por acaso: “a imagem faz-se quase por si mesma”. Assim as paisagens da Terceira (I, II e III) de 1975, “Amanhecer/Meio-dia/Entardecer”, fluem sem retórica, como puras vibrações memoriais. […] A sensualidade da cor e a trouvaille dos meios círculos como écrans do céu.» (ALMEIDA, 1988, s.p.)

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Como numa fonte de Sintra, a primeira que se fez, escreve “saudades deste sítio” como os namorados que nas mesas de madeira se obstinam a escrever corações e nomes deles com canivetes: a marca da sua passagem em ritual.» (ALMEIDA, 1988, s.p.)

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Entre os temas recorrentes da pintura de Dacosta, e logo de modo determinante nas primeiras obras dos 80, estão as fontes, as Fontes de Sintra, cheias de uma alusão ao simbolismo da água e pregnantes de uma melancolia, ou antes, de um sentido de reminiscência que se afirma num dos quadros dessa série em que […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Esse espaço nomeou-o, logo em 40, António Dacosta chamando-lhe “antítese da calma”, e por causa da moral. Há nesse quadro uma cabeça de mulher-aviador decepada que já não deixa dúvidas: a proximidade latente do horror (era já a guerra) e uma cabeça que olha sem acreditar mas que promete na inquieta crispação do olhar uma […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Ex-voto que se proclama soberano no título desse belo pato amarelo que o artista queria e que através dele todos nós podemos querer nosso, este e não outro, que nenhum outro será tão desejável, tãoAntónio Dacostaas poderosamente necessário: vontade pagã de possuir o Mundo e de com ele se fazer um só.» (ALMEIDA, 1988, pp. […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Há nesse quadro uma cabeça de mulher-aviador decepada que já não deixa dúvidas: a proximidade latente do horror (era já a guerra) e uma cabeça que olha sem acreditar mas que promete na inquieta crispação do olhar uma vitória do dia. Algo que vibra também no olhar tranquilo dessa esfíngica fera recortada sobre um céu […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«Há um [quadro] em que se imprime uma inscrição – OLLUX – apelo à luz, a Osíris (mais remotamente uma inscrição achada nos Açores), breve sombra de um sol que lá não está representado senão em negativo. EX-VOTO de cortesia ao Bicho Bichial que sabe onde estará o Faial e que é um caracol e […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«O que mais surpreende por vezes é a intensidade categórica destas ousadias. Pergunto-me: como é que estas coisas podem acontecer? Que calma anima aqueles dois limões que, em férias, contemplam quase abraçados a linha do horizonte? De onde lhes vem serem tão intensa, tão irreverentemente amarelos e torrados, de onde conhecem paisagens com aquele azul […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988

«São sempre figuras da melancolia que prevalecem, nesse sentido em que a melancolia anuncia um génio errante. É o regresso eternamente retomado, regresso a casa, à ilha, ao paraíso, à infância, à pintura, à paisagem e à noite: essa é a chave dos dois campos que um muro interpõe no quadro-melancolia, essa é a chave […]

Almeida, Bernardo Pinto de, As Sublimes Súplicas. Lisboa: Galeria 111, 1988