Obras da Biblioteca de Arte Gulbenkian em Buenos Aires

A Biblioteca Nacional da Argentina vai acolher, entre 2 de maio e 13 de junho, uma exposição de livros de artista e de edição independente da coleção da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian.
12 abr 2024

A mostra enquadra-se na programação da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires 2024, na qual Lisboa é a Cidade de Honra.

A histórica Biblioteca, que adotou o nome do seu fundador, Mariano Moreno, ocupa um magnífico exemplar de arquitetura brutalista, em Buenos Aires, tendo sido dirigida pelo escritor Jorge Luís Borges entre 1955 e 1973.

A mostra, que será apresentada num dos seus espaços expositivos, tem curadoria de Ana Barata, e será composta por uma seleção de 40 títulos de livros de diferentes tipologias, formatos e materiais.

É vasta a lista dos artistas representados: Alberto Picco, Alexandre Conefrey, Alexandre Estrela, Alice Geirinhas, Ana Hatherly, Ana João Romana, Ângela Berlinde, António Barros, Beatriz Horta Correia, Bruno Borges, Carla Rebelo, Catarina Leitão, Cristina Filipe, David Gonçalves, Dinis Conefrey, E. M. de Melo e Castro, Gabriela Noujaim, Isabel Baraona, João Fonte Santa, João Sebastian, José Escada, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Lúcia Prancha, Luís Silveirinha, Magda Delgado, Nuno Henrique, Pedro Calapez, Pedro Pascoinho, Renata Siqueira Bueno, René Bertholo, Rita Barros, Rita Thomaz, Rosário Rebelo de Andrade, Rui Horta Pereira, Sónia Almeida, Delli Press e Edições da Sala 5. 

A coleção de Livros de Artista e Edição Independente da Biblioteca de Arte iniciou-se na década de 1990 e é hoje a maior e mais relevante coleção deste tipo em Portugal, contando com cerca de 5.000 títulos. Embora de âmbito internacional, o maior número de títulos é da autoria de artistas portugueses ou estrangeiros residentes em Portugal, de gerações várias, refletindo a criação artística nacional a partir da década de 1960.

Os livros de artista ocupam, desde a década de 1960, um espaço importante na criação artística contemporânea. Materializações de um conceito simultaneamente preciso e fluído, permitem abordagens plásticas mais livres e experimentais e formas diversas de leitura e fruição, por vezes interativas, multidimensionais e multissensoriais.

No âmbito da exposição realizam-se duas palestras a 3 de maio e 12 de junho, respetivamente: 

  • Quando a Arte e o Livro se ilimitam: notas para uma definição de Livro de Artista, palestra da responsabilidade de Ana Barata, curadora da coleção. Serão abordadas algumas das definições possíveis do “livro de artista”, o seu contexto histórico e a sua importância como expressão artística contemporânea. 
  • A preservação de Livros de Artista: paradoxos, desafios e oportunidades, palestra da autoria de Sónia Casquiço, conservadora-restauradora da coleção. Parte da experiência da Biblioteca de Arte, e apresenta os vários paradoxos, desafios e oportunidades com que os profissionais da conservação se confrontam tendo em vista a preservação de obras materialmente tão invulgares, frágeis e instáveis quanto os livros de artista.  

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