Ciclo Conversas na Biblioteca
Giulia Lamoni comenta Griselda Pollock, “Screening the Seventies: Sexuality and Representation in Feminist Practice – a Brechtian Perspective”. In Vision and difference: femininity, feminism and histories of art.
Dia 17 de Abril | terça-feira | 17h30-18h30
Sinopse
Esta apresentação propõe explorar as múltiplas relações entre feminismos e arte contemporânea através da leitura do texto de Griselda Pollock “Screening the Seventies: Sexuality and Representation in Feminist Practice – a Brechtian Perspective”, publicado em 1988 no livro Vision and difference: femininity, feminism and histories of art. Ao propor uma revisão das narrativas críticas acerca das práticas artísticas de orientação feminista desenvolvidas nos anos de 1970, a autora considera a relevância do pensamento do dramaturgo alemão Bertolt Brecht e a sua circulação no Reino Unido nessa década, em particular nas páginas da revista Screen. Assim, em articulação e constante diálogo com textos de autoras como Laura Mulvey, Mary Kelly, Juliet Mitchell e muitos outros, Griselda Pollock mobiliza o conceito de “distanciamento” de Brecht para abordar de forma complexa algumas das obras feministas mais icónicas produzidas no Reino Unido nos anos 70. Além de considerar as coordenadas históricas e teóricas em que este texto se enquadra, esta apresentação pretende repensar a actualidade do seu contributo no presente.
Biografia
Giulia Lamoni é investigadora FCT no Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa / FCSH e Professora Auxiliar Convidada na mesma universidade. O seu trabalho de investigação foca-se nas relações entre arte contemporânea e feminismos, produção artística contemporânea e processos migratórios, e na história da arte contemporânea na e além da América Latina através da articulação de perspectivas transnacionais. Tem publicado textos em livros e catálogos de exposições de museus como Tate Modern, Centre Pompidou e Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, e em revistas internacionais tais como Manifesta Journal, Third Text e n.paradoxa. Foi co-curadora da exposição “Co-habitar” na Casa da América Latina/ UCCLA em 2016-2017 e curadora de “Eugénia Mussa: Meridiano Pacífico” na Galeria Quadrum em 2017, ambas em Lisboa.