Coleção fotográfica reunida pelo historiador de arte americano Robert Chester Smith, entre 1962 e 1964, no âmbito do seu trabalho de inventariação da talha em Portugal. Este trabalho, que foi subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, contou com a colaboração de diversos fotógrafos portugueses, entre os quais Mário Novais e Marques de Abreu. Este inventário de Robert C. Smith sobre a talha continua a ser fundamental para o estudo da arte do período barroco em Portugal.

Esta coleção fotográfica resulta de um trabalho de investigação subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, realizado pelo historiador de arte americano Robert Chester Smith (1912-1975) entre 1962 e 1964, e teve como objetivo inventariar a talha existente em Portugal. É constituída por 1.878 provas fotográficas a preto e branco e 1.416 negativos.

A investigação contou com a colaboração de diversos fotógrafos portugueses, entre os quais se salientam Mário Novais (1899-1967) e Marques de Abreu (1879-1958). Deste trabalho de inventariação resultou a obra A talha em Portugal, publicada em 1963, bem como a realização de uma exposição itinerante com o mesmo nome, que percorreu vários museus em Portugal e no estrangeiro.

 

 

Robert Chester Smith é considerado um dos maiores historiadores da arte portuguesa e brasileira do período barroco. Este seu interesse data de 1936, ano em que defendeu na Universidade de Harvard a sua tese de doutoramento sobre João Frederico Ludovice, o arquiteto de Mafra.

Entre 1947 e 1975 lecionou na Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos da América), publicou dezenas de obras sobre a arte do período barroco em Portugal e no Brasil, proferiu diversas conferências e organizou congressos e colóquios. Por testamento, em 1975, legou à Fundação Calouste Gulbenkian o seu arquivo de trabalho, composto por documentos escritos, fotografias e obras inéditas, atualmente reunido sob o nome de “Legado Robert Chester Smith”.