Cinema de São Jorge
“Construído com capitais anglo-portugueses é este cinema uma das obras ultimamente erguidas em Lisboa que mais sensação causou, já pelo valor em si, já por fugir aos moldes do figurino barrôco-pitoresco da maioria das nossas construções…. Comporta o edifício, além da sala se espectáculos, um palco com um órgão de cinema, elevatório; dois «foyers»; instalações da gerência; sala de projecções privativa, instalações para maquinaria de ar condicionado e aquecimento, etc….”
Arquitectura. N.º 35 (agosto 1950).
Sala de projeção © Estúdio Mário Novais
Cinema Europa
“Em meados de 1929 o proprietário José Dionísio Nobre, pretendendo construir um cinema num terreno que possuía na Rua Almeida e Sousa, n.º 35, tornejando para a Rua Francisco Metrass, em Campo de Ourique, apresenta à Inspecção dos Espectáculos, sob planos do arquitecto Raul Martins, o necessário pedido de autorização. A obra estará concluída em fins de 1930, passando o cinema a ostentar o nome de «Cinema Europa»”.
Os mais antigos cinemas de Lisboa / M. Felix Ribeiro, 1978.
Fachada © Estúdio Mário Novais
© Estúdio Mário Novais
“Nesta obra de acentuado carácter moderno, dentro da classe denominada por artes decorativas, lutou o seu autor, o arquitecto Raul Martins com a questão económica, factor êsse que ultimamente prejudica grandemente os arquitectos. […] Contudo, aparece-nos de agradável aspecto exterior e interiormente chega mesmo a ser de cunho elegante… Eis, pois, uma das mais interessantes e modernas casas de diversão que a nossa capital possue, assente num dos seus mais populosos bairros.”
Arquitectura. N.º 23 (fevereiro 1932).
Foyer © Estúdio Mário Novais
Sala de projeção © Estúdio Mário Novais
© Estúdio Mário Novais
Cinema Lys
“Construído, poderia dizer-se, num lugar estratégico, onde vinham convergir bairros vizinhos e populares como eram a Graça, os Anjos e Almirante Reis, caracterizou-se durante largo período da sua existência como cinema de «reprise», onde eram levados, mercé de uma dinâmica gerência, os filmes de maior êxito, imediatamente logo após a sua saída do cinema de estreia.”
Os mais antigos cinemas de Lisboa / M. Felix Ribeiro, 1978.
Fachada © Estúdio Horácio Novais
Sala de projeção © Estúdio Horácio Novais
Cine-Teatro Monumental
“O camartelo é cego por definição. É um instrumento que não poupa nada que lhe deixem pela frente e o Monumental não é excepção. Do imponente conjunto arquitectónico, construído para durar, nos anos 40, já pouco mais resta que a fachada e a torre encimada pela esfera armilar… O resto, o recheio, todo ele «fauteils» de cabedal, espelhos, candeeiros e lustres, panejamentos, madeiras, mármores, tijolos de vidro, móveis, o próprio écran, tudo foi vendido ao desbarato.”
Vandalismo abateu-se sobre o Monumental. Diário de Lisboa (25 de fevereiro de 1984).
Sala de teatro © Estúdio Horácio Novais
Sala de cinema © Estúdio Horácio Novais
Cinearte
“Ao edifício dei uma expressão que traduzisse claramente o fim a que se destinava, procurando conseguir um conjunto que estivesse de acôrdo com os princípios da arquitectura contemporânea. Fiz dominar sôbre tôda a construção a tôrre luminosa encimada pelo título do cinema…”
Raul Rodrigues Lima, Revista oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos. N.º 12 (1940).
Fachada © Estúdio Horácio Novais
Foyer © Estúdio Horácio Novais
Sala de projeção © Estúdio Horácio Novais
Fotografias com história
Muitas memórias podem surgir ao ver estas fotografias dos estúdios Mário e Horácio Novais que registaram o quotidiano, a arquitetura e fizeram trabalhos para publicidade.
Saiba mais