Raul Lino

1879 – 1974

Arquiteto, Artista plástico, Escritor
Arquiteto, ensaísta, artista plástico, cenógrafo e figurinista. Estudou em Inglaterra e na Alemanha, na Escola de Artes e Ofícios de Hanôver, década de 1890. Foi-lhe atribuído, em 1926, o Diploma Oficial de Arquiteto.

Autor de inúmeros projetos, ficou sobretudo conhecido pela aplicação dos princípios da ‘Casa Portuguesa’, bem como pela sua divulgação. De entre as suas obras destacam-se, entre outras: Casa Rey Colaço (Estoril, 1901); Casa O’Neil (Cascais, 1902); Casa dos Patudos (Alpiarça, 1904); Casa do Cipreste (Sintra, 1912); loja Gardénia no Chiado (Lisboa, 1917); Casa dos Penedos (Sintra, 1922); Cinema Tivoli (Lisboa, 1925); Pavilhão do Brasil para a Exposição do Mundo Português (1940). Merece ainda referência a moradia, entretanto demolida, que realizou na Rua Castilho, n.º 64-66 (Lisboa), distinguida com o Prémio Valmor 1930. Após o seu nonagésimo aniversário, a sua obra foi alvo de uma mostra retrospetiva, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian – Raul Lino: exposição retrospectiva da sua obra (1970).

Autor de bibliografia publicada no domínio da arquitetura doméstica popular, destacam-se as obras A casa portuguesa (1929), Casas portuguesas (1933) e L’évolution de l’architecture domestique au Portugal (1937). Assinou também textos para publicações periódicas, nomeadamente para os jornais Diário de Lisboa e Diário de notícias (décadas de 1940 a 1970); foi ainda colaborador artístico em diversas publicações periódicas, entre as quais nas revistas Atlantida (1915-1920), Ilustração (1926-?) e na Revista Municipal de Lisboa (1939-1973).

Dedicou-se também à Cenografia, tendo realizado cenários e figurinos para várias peças teatrais.

Desempenhou cargos no Ministério das Obras Públicas, foi Superintendente dos Palácios Nacionais e Diretor dos Monumentos Nacionais (1949). Membro fundador da Academia Nacional de Belas Artes, da qual foi vice-presidente (em 1947) e presidente (em 1967). Condecorado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Cristo (1941), foi agraciado com o Prémio José de Figueiredo (1948).

Raul Lino nasceu em Lisboa (1879) e faleceu na mesma cidade (1974).

O espólio do arquiteto foi doado à Fundação Calouste Gulbenkian em 1989 e, atualmente, encontra-se à guarda da Biblioteca de Arte; contém, para além de desenhos de arquitetura, manuscritos e fotografias relacionadas com o percurso profissional do arquiteto.


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12 dez 2022

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