João Miguel dos Santos Simões, natural de Lisboa, viveu em Tomar de 1931 a 1956. Frequentou o 2.º ano de Direito na Universidade de Lisboa; com o objetivo de gerir a Fábrica de Fiação de Tomar, pertença do pai, graduou-se em Engenharia Têxtil na École Superieure de Filature et Tissage de Mulhouse.

Paralelamente, desenvolveu significativo interesse em Azulejaria, dedicando-se desde cedo ao seu estudo e divulgação. Neste âmbito, foi autor de vasta bibliografia sobre azulejos e cerâmica e proferiu inúmeras conferências sobre o tema, em Portugal e no estrangeiro.

Em 1957 iniciou a sua colaboração com o Museu Nacional de Arte Antiga na qualidade de conservador para a coleção de cerâmica. A partir de 1958 dirigiu a Brigada de Estudos de Azulejaria, criada pela Fundação Calouste Gulbenkian com o propósito de recolher informação sobre a azulejaria em Portugal, tendo em vista a elaboração da obra de referência Corpus da azulejaria portuguesa, obra publicada pela Fundação entre 1963 e 1979. Os arquivos fotográficos resultantes deste projeto, bem como o seu espólio, integram o acervo da Biblioteca de Arte.

Como museólogo, foi responsável pela fundação do Museu Nacional do Azulejo.

Faleceu no ano de 1972, em Lisboa.