Paralelamente, o número de publicações parciais e/ou totais dedicadas à história, à crítica e à teoria da arte africana contemporânea conheceu igualmente um significativo crescimento. Vários exemplos podem ser citados, começando pelo livro Contemporary Art in Africa, de Ulli Beier, publicado em Londres em 1968, a Revue Noir fundada por Simon Njami e Jean-Loup Pivin, em 1991, a antologia Reading the Contemporary: African Art from theory to the marketplace (1999) editada por Olu Oguibe e Okwui Enwezor, onde a arte contemporânea africana é colocada numa perspectiva global e no contexto do mercado artístico internacional, An Anthology of African Art: The Twentieth Century (2001-2002), editado por Jean-Loup Pivin e N'Goné Fall, Next flag: the African Sniper Reader, editado pelo artista angolano Fernando Alvim (2005), Contemporary African Art since 1980, da autoria de Okwui Enwezor e Chika Okeke-Agulu (2009), Geo-Graphics: A Map of Art Practices in Africa, Past and Present, de David Adjaye (2010) e os recentes Africa state of mind: Contemporary Photography reimagines a Continent (2020) e Condition report: On Art History in Africa (2020).
Em relação a artistas de países africanos de língua oficial portuguesa, da sua diáspora e dos nasceram e vivem em países europeus com passado colonial, pode referir-se a exposição Réplica e Rebeldia (2006), apresentada no Museu Nacional de Arte de Maputo, a exposição Present tense (2013), na Fundação Calouste Gulbenkian, algumas exposições recentes realizadas pelo HANGAR – Centro de Investigação Artística, assim como algumas edições do Prémios BES/Novo Banco PHOTO e exposições realizadas nos últimos anos pela Fundação EDP. Quanto às publicações, referiam-se Atlantica: Contemporary Art from Angola and its diaspora (2018), Atlantica: Contemporary Art from Mozambique and its Diaspora (2020) e Atlantica: Contemporary Art from Cabo Verde, Guinea Bissau, São Tomé and Príncipe and their Diasporas (2021), “concebidos e desenvolvido por artistas em conjunto com teóricos, curadores e estudiosos, tendo em conta a produção artística do novo milénio”.