Projetos Apoiados – 2.ª edição

Conheça os 16 projetos de arte participativa apoiados no triénio 2022-2025.

Estes são projetos que utilizam diferentes disciplinas artísticas e que juntam artistas profissionais e não profissionais em processos partilhados de aprendizagem, reflexão e co-criação de propostas artísticas, que valorizam a participação de todos para a construção e manutenção de comunidades mais sustentáveis, coesas e justas.

 

SER É A QUESTÃO (Grande Lisboa)

As artes – com foco no teatro – como meio de desenvolvimento de competências sociais e pessoais em crianças e jovens

Promotor Admirável Reino - Associação
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Marcos Barbosa
Responsável área social Lourenço Eiró
TerritórioMonte da Caparica, Lisboa
Duração 36 meses

Ser é a Questão propõe-se contribuir para a formação integral de uma centena de crianças e jovens do Centro Juvenil Padre Amadeu Pinto, do Monte da Caparica, e 30 crianças e jovens do centro de Lisboa, envolvendo-os no processo de construção de um espetáculo a partir da peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

Através de oficinas artísticas multidisciplinares, em coordenação com uma equipa de artistas, cientistas e educadores, o projeto pretende aprofundar com estes jovens a autoestima e autoconhecimento, competências sociais (trabalho em equipa, relações interpessoais, respeito pela diferença), o desenvolvimento do gosto pelo teatro e a sensibilidade artística, enriquecendo a sua forma de olhar o mundo. O espetáculo final será apresentado no Pragal e na Escola do Largo, em Lisboa.


ALDEIAS CRIATIVAS – Satélites Culturais na Serra do Gerês 

Combate ao isolamento demográfico e social em meio rural, através de residências e oficinas artísticas promotoras da intergeracionalidade e da cocriação

Promotor Associação Cultural Rural Vivo
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística João Martins
Responsável área social Evelyne Mussons
Território Serra do Gerês
Duração 34 meses

O projeto Aldeias Criativas pretende permitir às comunidades locais da Serra do Gerês explorar quatro áreas artísticas (música, pintura, audiovisual, teatro) através de residências artísticas e oficinas semanais, que juntam grupos intergeracionais em processos de cocriação inspirados e inseridos na vida rural. Tem como objetivos difundir a arte e a cultura num território em que estas são tendencialmente menos acessíveis, contribuindo para o combate ao isolamento social/demográfico e para o desenvolvimento do sentimento de comunidade dos participantes, e ainda sensibilizar para o impacto ambiental da pegada humana, promovendo boas práticas de agroecologia.


Q-CIRCO (Grande Porto)

As artes circences como ferramenta de desenvolvimento pessoal, social e de inserção profissional de jovens adultos

Promotor Companhia Erva Daninha
Área Artística Artes circenses
Responsável área artística Vasco Gomes
Responsável área social Hélder Nogueira
Território Gondomar e Porto
Duração 36 meses

O projeto Q-Circo tem como objetivo geral contribuir para o empoderamento e inserção profissional de 40 jovens em situação NEET (que não estudam, não trabalham, não estão em formação), utilizando as artes circenses como ferramenta para promoção do desenvolvimento pessoal e social, aliada à intervenção no âmbito das softskills. O projeto propõe-se a trabalhar com dois grupos, no Porto e em Gondomar. No fim de cada ano será apresentado um espetáculo.


ALTERCAÇÃO (Grande Porto)

Capacitação artística e socioemocional dirigida a jovens em situação de risco e às equipas docente e técnica que os acompanham

Promotor Colectivo Espaço Invisível
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Rita Soeiro
Responsável área social Sofia Canedo
Território Vila Nova de Gaia
Duração 36 meses

Altercação é simultaneamente um projeto de capacitação artística e socioemocional dirigido a jovens em situação de risco e às equipas docente e técnica que os acompanham, no IDIS – Instituto de Desenvolvimento e Inclusão Social, em Vila Nova de Gaia. O projeto tem a duração de três anos e subdivide-se em quatro eixos estruturais, tendo como objetivos prioritários promover o desenvolvimento e a transformação pessoal, social e emocional dos participantes; encorajar a fruição cultural e o acesso a experiências culturais diversificadas; promover o desenvolvimento da literacia emocional; e capacitar os envolvidos com competências artísticas e técnicas necessárias à inserção no mercado de trabalho.


HABITO O MUNDO (Porto, Braga e São João da Madeira)

Trabalhar competências socioemocionais e a integração de crianças e jovens refugiados através das artes plásticas

Promotor Árvore - Cooperativa de Actividades Artísticas
Área Artística Cerâmica, Pintura
Responsável área artística Marta Domingues
Responsável área social Ana Isabel da Silva
Território Porto, Braga e S. João da Madeira
Duração 24 meses

O projeto Habito O Mundo tem como principal objetivo promover o desenvolvimento de competências socioemocionais e o sentimento de pertença de 45 crianças e jovens refugiados do Norte de Portugal, que integram a Comunidade MEERU, através da expressão e criação artística. O trabalho artístico será focado na cerâmica e em torno da ideia de “casa”, culminando na apresentação de um livro, um painel cerâmico e um mural de graffiti em espaço público.


PANORAMA (Vila Nova de Famalicão)

Desafiar a estética circense contemporânea partindo da desconstrução de conceitos associados à pessoa com deficiência

Promotor Instituto Nacional de Artes do Circo
Área Artística Artes circenses
Responsável área artística Juliana Moura
Responsável área social Lueli Cristina
Território Vila Nova de Famalicão
Duração 24 meses

O projeto Panorama pretende promover novas políticas de risco no âmbito da criação artística de circo contemporâneo, através da desconstrução de conceitos como “anormal” e “deficiente”, diversificando a estética presente na interpretação circense. Para isso, Panorama procurará proporcionar a jovens e adultos com vários tipos de deficiências ou incapacidades um desenvolvimento técnico e artístico dividido em cinco partes: atividades técnicas teóricas e práticas; experiência em laboratório de pesquisa artística; performances e apresentação pública; participação numa mesa redonda multidisciplinar aberta ao público e publicação de artigos científicos.

 


NÓS OS LOUCOS – Pesquisa e Mostra de Arte Bruta em Portugal (Coimbra, Braga, Lisboa e Sintra)

Experimentação artística livre, com foco em ferramentas inovadoras de desenho, para residentes em instituições de saúde mental nacionais

Promotor P28 Manicómio 
Área Artística Desenho
Responsável área artística Sandro Resende
Responsável área social Catarina Gomes
Território Coimbra, Braga, Lisboa e Sintra
Duração 24 meses

O projeto Nós os loucos utiliza ferramentas inovadoras de desenho para facilitar o acesso a pessoas com experiência de doença mental (residentes de instituições de saúde mental nacionais) à experimentação artística livre, proporcionando ações em diferentes contextos que permitirão aos participantes desenvolverem o seu processo criativo. O projeto decorre em duas etapas: primeiro, através da intervenção artística em contexto hospitalar e da experimentação, depois com a exposição, análise e partilha dos resultados do trabalho dos participantes, com o objetivo de dissipar o estigma em torno da doença mental e também levar práticas inovadoras e novas estratégias de colaboração e bem-estar às unidades psiquiátricas.


SONS DE MUDANÇA (Lisboa)

Valorização da cultura e da voz individuais de crianças e jovens através da música e do teatro de marionetas

Promotor Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna (AEMA)
Área Artística Música
Responsável área artística Abel Arez
Responsável área social Inês Ferrão
Território Lisboa
Duração 36 meses

Sons de Mudança é um projeto que envolve jovens residentes do território do Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna na exploração da diversidade e riqueza cultural do território. Para tal organiza sessões de grupo na Escola e em espaços de animação cultural diversos, focadas em processos de criação de base musical e dinâmicas de reflexão, juntamente com visitas ao território e a participação em eventos culturais. O projeto tem como objetivo aprofundar a participação de jovens de territórios culturalmente marginalizados no espaço da cidade através da exploração das suas próprias capacidades de criação artística, do aprofundamento do pensamento sobre si próprios bem como a sua relação com as instituições culturais do território.


IMUNE (Porto)

O corpo e as artes expressivas como plataforma para ultrapassar preconceitos e aumentar a consciencialização sobre VIH

Promotor gentopia - Associação para a diversidade e Igualdade de Género
Área Artística Artes performativas
Responsável área artística Teresa Fabião
Responsável área social Rita Domingues
Território Porto
Duração 36 meses

Imune pesquisa o vírus como motor de transformação social, apontando caminhos para o momento pandémico e compartilhando a sabedoria de corpos positivos que há muito tempo estão a desenvolver respostas resilientes face à incerteza. O projeto convida pessoas VIH+ a revisitar a relação com a sua condição de saúde através do corpo e das artes expressivas (dança, desenho, voz, escrita), recorrendo a laboratórios artísticos para ultrapassar preconceitos, abrir o diálogo e aumentar a consciencialização nacional sobre o VIH.


GATILHO (Lagos)

Formação artística e técnica para profissionalizar pessoas com deficiência intelectual

Promotor Questão Repetida
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Maria Conceição Gonçalves
Responsável área social Sandra Maria Horta Marreiros
Território Lagos
Duração 36 meses

Gatilho é um projeto que visa formar e profissionalizar pessoas com deficiência intelectual que frequentam a instituição NECI na Praia da Luz, em Lagos, promovendo a inclusão das pessoas com deficiência na comunidade através das artes como veículo para a sua profissionalização e para a efetivação dos seus direitos. Ao longo de três anos serão desenvolvidos cinco blocos de formação: Teatro, Dança, Música, Realização Plástica do Espetáculo e Técnica, e ainda cinco oficinas temáticas com artistas de diferentes áreas. As formações e oficinas irão culminar em apresentações públicas, passando por diversas áreas artísticas ou técnicas do mundo do espetáculo.


ÓPERA NA PRISÃO – Mozart ON (Leiria e Lisboa)

Programação artística anual, em meio prisional, contribuindo para as competências artísticas, técnicas, pessoais e sociais de jovens reclusos

Promotor Sociedade Artística Musical dos Pousos
Área Artística Música
Responsável área artística Paulo Lameiro
Responsável área social Raquel Gomes
Território Leiria e Lisboa
Duração 36 meses

Mozart ON quer dotar jovens reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria com competências artísticas e técnicas através da elaboração de três micro-óperas, garantindo recursos para que os jovens tenham acesso às ferramentas de aprendizagem e expressão, incentivando a consciência do outro, o respeito mútuo e o trabalho em equipa. Propõe criar uma programação artística anual no Pavilhão Mozart que contempla oficinas criativas, a cocriação e a apresentação de espetáculos, dentro e fora do EPL-J. Numa primeira fase, os participantes vão experienciar várias oficinas em diferentes áreas do espetáculo (teatro, dança, escrita criativa, fotografia, música, técnica), para posteriormente poderem aprofundar os seus conhecimentos naquela com que mais se identificam. Com isto, pretende-se formar um grupo de técnicos para gerir, programar e produzir autonomamente os espetáculos no Pavilhão Mozart, promovendo ainda a colaboração com os teatros locais da cidade de Leiria.


RESIDÊNCIAS REFÚGIO – Residências Artísticas de Inclusão Social (Lisboa)

Integração de pessoas migrantes e refugiadas através de programa de residência social aliada a residência artística

Promotor SOU LARGO, Crl
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Marta Alexandra Sá Lopes Ferreira da Silva
Responsável área social Micaela Gomes

Território Lisboa
Duração 24 meses

O projeto Residências Refúgio quer reforçar a componente da inclusão social na arte através de práticas artísticas com um programa de residências sociais anuais, aliado a um programa de residências artísticas como piloto para melhorar o acompanhamento do processo de inclusão de pessoas em situação de refúgio. O programa apresentado articula as dimensões da formação com a criação e com a apresentação de atividades artísticas tendo as pessoas em situação de refúgio ou migrantes como agentes-chave do processo.


RadioATIVIDADE (Guarda)

O formato radiofónico como meio de criação artística e de desenvolvimento artístico, social e pedagógico de homens e mulheres reclusos

 

Promotor Terceira Pessoa
Área Artística Rádio
Responsável área artística Nuno Leão
Responsável área social Isabel Silva
Território Guarda
Duração 36 meses

RadioATIVIDADE é um projeto destinado ao desenvolvimento artístico, social e pedagógico dos homens e mulheres reclusos do Estabelecimento Prisional da Guarda. O objetivo principal é a criação de objetos criativos em formato radiofónico, que possam ser transmitidos internamente no contexto prisional, em emissoras de rádio nacionais ou regionais e em formato digital. O projeto inclui também uma componente de trabalho no domínio da Língua Portuguesa e no desenvolvimento de competências pessoais e sociais, culminando com uma conferência final e a exibição de um documentário do processo, na esperança de multiplicar este tipo de iniciativa e a sua implementação em contextos análogos.


LUNGO DROM – A Longa Estrada (Elvas)

Crianças e jovens de etnia ciganas trabalham com artistas num processo de reflexão e conceção artística que dará vida ao Museu Nómada

Promotor UMCOLETIVO - Associação Cultural
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Cátia Sofia Melo Martins Henriques Terrinca
Responsável área socialRui Miguel Salabarda Garrido
Território Elvas
Duração 28 meses

Lungo Drom, significa, em romani, “longa viagem”. A proposta deste projeto consiste na criação de um Museu Nómada que diminua as ancestrais clivagens entre sociedade maioritária e comunidade cigana, promovendo a autoestima da população cigana e a valorização da sua cultura, em Elvas. Partindo de um trabalho direto com crianças e jovens de etnia cigana que frequentam a Escola Básica de Vila Boim, e os respetivos agregados familiares, o desafio deste Museu passa por conhecer a história do povo cigano, encontrando na intimidade de cada peça, concebida por artistas convidados a partir da história de vida de um aluno e da sua família, o enlace necessário para uma reflexão alargada e profunda, incentivando à reflexão sobre a definição de cigano e os preconceitos associados. Com a conclusão do projeto, o Museu Nómada será entregue ao MAEE - Museu de Arqueologia e Etnografia de Elvas, passando a ser visitável e tendo mesmo a possibilidade de visita guiada.


ZHA (Porto)

A música e a dança são as principais formas de expressão de um projeto que potencia percursos de vida mais inclusivos e participativos junto de pessoas ciganas

Promotor Visões Úteis Associação
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Inês de Carvalho
Responsável área social André Sousa
Território Porto
Duração 28 meses

ZHA é um projeto de base comunitária, fruto da vontade de promover as tradições vivas das comunidades ciganas, que utiliza a música e a dança como forma de expressão e comunicação. Com recurso a atividades criativas, formativas e de produção artística, pretende-se intervir na exclusão social desta minoria étnica através da valorização, preservação e disseminação das suas práticas culturais, promover competências pessoais e sociais para um maior empoderamento dos participantes e desmistificar crenças e preconceitos relacionados com as comunidades ciganas, potenciando a sua integração em percursos de vida mais inclusivos e participativos. A concretização deste projeto resultará na produção de um CD, um conjunto de videoclipes, um espetáculo ao vivo, um encontro final, um documentário, um website para divulgação do projeto e um ensaio sobre reflexão de investigação-ação, tendo o projeto como caso de estudo.


VIRAL (Porto)

Promoção da educação e formação de jovens, com recurso a trabalho artístico que cruza o corpo, a fotografia, o som e a escrita

Promotor Circolando – Cooperativa Cultural CRL
Área Artística Multidisciplinar
Responsável área artística Paulo Mota
Responsável área social Susana Lage
Território Porto
Duração 24 meses

O projeto VIRAL é dirigido aos jovens entre os 16 e os 29 anos residentes em bairros sociais do concelho de Campanhã, em situação NEET (Not in Education, Employment or Trainning). Reconhecendo a educação e formação como fatores essenciais para o exercício de uma cidadania plena e informada e atendendo à necessidade de criar espaços para a manifestação das múltiplas identidades destes jovens, o projeto propõe um trabalho artístico com base nos novos media, tão familiares a esta faixa etária, no cruzamento com o corpo, a fotografia, o som e a escrita, promovendo a reflexão sobre os lugares do seu quotidiano, virtuais ou físicos, através de oficinas de formação, criação coletiva e apresentação pública.

Atualização em 31 janeiro 2024

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