A abertura cabe a Marc Ribot, que o programador da Gulbenkian, Rui Neves, já trouxe a Lisboa por várias vezes. Regressa desta feita com o grupo The Young Philadelphians, um projecto fundado em 2005 e que na altura se apresentou quase em estreia no FMM de Sines. Congelado até 2014, voltou a tocar para uma tournée no Japão e tem-se mantido em funcionamento. Abre o festival lisboeta depois de tocar em Newport, o que detona as classificações mais extremistas que alguma crítica teima em ainda apor ao JeA, classificando-o como um festival de vanguarda, ou experimental. Claramente não o é.
Os The Young Philadelphians chegam rotinados por dois meses de estrada. O grupo tem duas guitarras, com Ribot e Chris Cochrane (em substituição de Mary Halvorson), o baixo eléctrico de Jamaaladeen Tacuma e a bateria de Calvin Weston, ao qual se juntará uma secção de cordas - o Lisbon String Trio (que não tem qualquer relação com o Lisboa String Trio de José Peixoto, Carlos Barretto e Bernardo Couto – trata-se de um agrupamento de cordas constituído especialmente para o efeito).
É mais um projecto de Ribot, para explorar um determinado estilo ou corrente musical: neste caso o som do soul-funk de Philadelphia, caracterizado pelas suas melodias doces e pelos arranjos complexos de cordas e metais (muito diferentes dos de James Brown, que apenas fazem gingar o ritmo), e que veio estabelecer as bases para o desenvolvimento do disco sound. Nos espectáculos da digressão têm sido tocados clássicos do funk como "Do It Anyway You Wanna" dos People’s Choice, "The Hustle" de Van McCoy ou "TSOP", que foi popularizado pelos Dexy's Midnight Runners mas é um original de 1974 dos MFSB (Mother, Father, Sister, Brother). Uma inauguração Feel Tha Funk' Get Down with da Boogie.