Claudio Scimone
Honorary Conductor
Claudio Scimone é maestro honorário da Orquestra Gulbenkian. É também fundador e director do agrupamento I Solisti Veneti. Após ter estudado direcção de orquestra com Dimitri Mitropoulos e Franco Ferrara, alcançou a sua reputação internacional dirigindo produções de ópera em salas como a Royal Opera House – Covent Garden, em Londres, o Teatro do Festival de Ópera Rossini, em Pesaro, a Grande Ópera de Houston, a Ópera de Zurique, a Arena de Verona, o Teatro La Fenice de Veneza, o Lincoln Center (Festival “Mostly Mozart”), em Nova Iorque e a Ópera de Roma, entre várias outras. Dirigiu ainda muitas das principais orquestras sinfónicas, nomeadamente a Philharmonia Orchestra, a Royal Philharmonic Orchestra, a Orquestra de Câmara Inglesa, a Orquestra Filarmónica da Radio France e as Orquestras Sinfónicas de Montreal, Otava, Houston, Dallas, Sidney, Melbourne, Tóquio, Bamberg e Praga, para mencionar apenas algumas.
Como maestro convidado, Claudio Scimone apresenta-se com regularidade nos principais festivais do mundo, como o Festival de Salzburgo (todos os anos, de 1975 a 1993), Maio Musical Florentino, Festival de Música de Aspen, Festival du Marais, Maio de Versalhes e festivais de Veneza, Besançon, Bordéus, Londres, Helsínquia e Nymphenburg, entre muitos outros.
Nascido em Pádua, Claudio Scimone é também um musicólogo reconhecido internacionalmente. Autor de Segno, Sgnificato, Interpretazione, igualmente notável é a sua revisão e publicação da obra instrumental e dramática de Vivaldi, nomeadamente de Orlando Furioso, que dirigiu na sua primeira gravação, em 1977, com Marilyn Horne e Victoria de los Angeles. Dois anos mais tarde, dirigiu a primeira apresentação moderna desta ópera no Teatro Filarmonico de Verona. Dirigiu, em estreia mundial, várias produções e gravações de óperas de Rossini, como Maometto II, Ermione, Zelmire, Mose in Egitto, Armida e Edipo a Colono. Estas óperas têm sido gravadas, sob a sua direcção, em editoras discográficas como a Philips, a Erato e a Europa-Frequenz.
Para algumas das mais conhecidas editoras discográficas, Claudio Scimone gravou mais de 250 títulos, muitos deles em primeira gravação absoluta, entre os quais se incluem: as quatro Grandes Sinfonias de Muzio Clementi, com a Philharmonia Orchestra; obras inéditas de Giacomo Puccini, Saverio Mercadante e Arrigo Boito; aberturas italianas de Gaetano Donizetti, Gaspare Spontini e Amilcare Ponchielli; a integral dos concertos de Albinoni e mais de 250 obras de Antonio Vivaldi, incluindo a versão completa dos opus editados em vida deste compositor.
De entre os muitos prémios com que Claudio Scimone foi galardoado, salientam-se: o Grand Prix du Disque da Academia Charles Cros de Paris (por várias vezes, a primeira das quais em 1969 com as Sonatas para Cordas de Rossini); Grand Prix de lAcadémie du Disque Lyrique; um Grammy para a gravação de L’Italiana in Algeri de Rossini, com I Solisti Veneti, Marilyn Horne, Samuel Ramey e Kathleen Battle; a Medalha de Ouro do Presidente da República Italiana; o Prémio Mundial do Disco de Montreaux (previamente atribuído apenas a Stokovsky, Böhm, Solti e Bernstein); Diapason d’Or; Prémio Caecilia, da União da Imprensa Belga; e o Prémio da Crítica Discográfica Italiana.
Vários produtores televisivos basearam-se em Claudio Scimone para a realização de programas para televisão, entre os quais, François Reichenbach – Vivaldi, peintre de la musique – Eric Lippmman – Vivaldi e Veneza – Montes Baquer (produções para TV: Estro Armonico de Vivaldi, gravado no Palácio Real de Stupigni, em Turim; Corelli e a Roma dos Papas, gravado na Basílica de São Marcos, em Roma). O produtor italiano Paolo Olmi baseou-se num concerto de I Solisti Veneti, na Igreja Giotto de Pádua, para a realização do filme As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz (Joseph Haydn). Muitos compositores modernos escreveram obras especialmente dedicadas a Claudio Scimone, ou ao seu grupo, entre os quais Sylvano Bussotti, Franco Donatoni, Riccardo Malipiero, Marius Constant e Cristobal Halffter.