Mozart e Lalo
Orquestra Gulbenkian
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Grande Auditório Fundação Calouste Gulbenkian- Maestro
- Fagote
- Violino
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Orquestra Gulbenkian
Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de sessenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de cerca de sessenta instrumentistas, que pode ser expandido de acordo com as exigências de cada programa. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório, do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas podem também ser interpretadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório, em Lisboa, em cujo âmbito colabora com os maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos nacionais, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. O finlandês Hannu Lintu é o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
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Miguel Sepúlveda
Maestro
Vencedor do Prémio Jovens Músicos 2022, Miguel Sepúlveda desenvolve uma carreira entusiasmante, destacando-se entre a nova geração de jovens maestros. Em 2023 dirige a Orquestra Gulbenkian e a Filarmónica da BBC, entre outras orquestras. É um convidado regular das orquestras em Portugal, tendo-se estreado recentemente com a Orquestra Metropolitana de Lisboa. Até ao final da temporada 2023-2024 terá dirigido todas as orquestras portuguesas.
No Reino Unido trabalhou com a Manchester Camerata e a New Sinfonia e foi maestro assistente na Filarmónica da BBC e na Real Orquestra Filarmónica de Liverpool, onde colaborou com maestros como Domingo Hindoyan, Omer Meir Wellber, Vasily Petrenko ou Sir Mark Elder, entre outros. No âmbito do seu mestrado no Royal Northern College of Music, com Mark Heron e Clark Rundell, participou na produção de Mansfield Park, de Jonathan Dove e Alasdair Middleton, na qualidade de maestro assistente. Anteriormente, estudou com o maestro francês Jean-Marc Burfin na Academia Nacional Superior de Orquestra. Durante esses anos, teve a felicidade de tocar no concerto de aniversário do Shostakovich Ensemble e trabalhou com músicos de renome como Adrian Brendel, Pascal Moraguès, Benjamin Schmid, Jan Bjøranger e Lars Anders Tomter, bem como na organização do Festival Verão Clássico, no CCB. Em 2021 foi 2.º classificado no Concurso Internacional de Direção da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras.
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Vera Dias
Fagote
Vera Dias nasceu a 3 de abril de 1986 na cidade de Guimarães. Aos 12 anos de idade ingressou na Escola Profissional Artística do Vale do Ave – ARTAVE, onde iniciou os seus estudos musicais na classe de fagote do professor Jesus Coelho. Posteriormente estudou com o professor Paulo Martins, com quem terminou o Curso de Instrumentista de Sopro, tendo-lhe sido atribuído o prémio Dra. Manuela Carvalho pelo seu desempenho ao longo do curso. Aos 18 anos foi admitida na Staatliche Hochschule für Musik – Karlsruhe, na classe de fagote do professor Günter Pfitzenmaier. Concluiu em 2008 a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe do professor Arlindo Santos. Frequentou cursos de aperfeiçoamento com os fagotistas Günter Pfitzenmaier, Henning Trog e Paulo Martins, entre outros.
Colaborou com a Orquestra Portuguesa das Escolas de Música, a Orquestra Aproarte, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra de Câmara da Staatliche Hochschule für Musik – Karlsruhe, a Orquestra de Câmara de Pforzheim, a Orquestra de Câmara de Estugarda, a Orquestra Sinfonieta de Lisboa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, entre outras, sob a direção dos maestros Esa-Pekka Salonen, Lorenzo Viotti, Hannu Lintu, David Afkham, Réne Jacobs, Gennady Rozhdestvensky, Lawrence Foster, Philippe Herreweghe, Ton Koopman, Michel Corboz, Paavo Järvi, Péter Eötvös, Rudolf Barshai e Simone Young, entre outros, efetuando concertos em toda a Europa e no Oriente.
Em 2003 e 2004 foi selecionada para integrar a Escola de Verão da Orquestra de Jovens da União Europeia, tendo-a apenas frequentado em 2004, já que em 2003 declinou a oportunidade para poder concorrer ao Prémio Jovens Músicos, da RDP, onde recebeu o 1.º Prémio – Nível Superior, na modalidade de Fagote. Como consequência do seu desempenho no concurso, tocou a solo com a Orquestra Gulbenkian. Em 2004 foi 2.º Prémio no concurso Landespolizei, em Karlsruhe. Em 2004 gravou para a rádio alemã SWR um arranjo inédito do próprio Mozart para Octeto de sopros da ópera O Rapto do Serralho. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian de 2003 a 2006.
Uma das suas grandes paixões é a música de câmara, colaborando sobretudo em quinteto de sopros. O seu Trio Euterpe (oboé, fagote e piano) teve um período muito prolífero, tendo-lhe sido dedicada uma obra do compositor Sérgio Azevedo, estreada no Palácio Foz, em Lisboa.
Tocou a solo com várias orquestras, incluindo a Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra Gulbenkian, sob a direção dos maestros Rui Massena e Krzysztof Urbański. Desde 2018 é docente na Academia Nacional Superior de Orquestra nas disciplinas de Fagote, Música de Câmara e Unidade Curricular de Orquestra - Octeto de Madeiras. Desde setembro de 2006, é 1.º Solista da Orquestra Gulbenkian.
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Bin Chao
Violino
Bin Chao nasceu no seio de uma família de músicos e começou a tocar violino aos seis anos de idade. Estudou no Conservatório Central de Música de Pequim, onde se diplomou com distinção, e concluiu um Mestrado em Música no Mannes College of Music de Nova Iorque, onde estudou com o violinista David Nadien.
O violinista e crítico musical Henry Roth elogiou a musicalidade e a técnica sólida de Bin Chao no seu livro Grandes Violinistas, livro este que faz uma análise sobre os 100 maiores violinistas do século XX, de acordo com a perspetiva do seu autor.
Em 1984 foi 2.º classificado no Concurso Nacional de Violino da China. Como solista, recitalista e músico de câmara, atuou por toda a Europa e na América do Norte. Mudou-se para Lisboa em 1991, tendo participado nos principais festivais de música em Portugal e ainda no Festival de Aspen e no Festival Schumann de Nova Iorque.
Em 2001 foi solista convidado no prestigiado Annual English Handbell Festival, em Nova Iorque. Entre 1999 e 2001, ensinou violino em Nova Iorque, integrado na iniciativa da Fundação Midori de levar a música às escolas públicas. Foi professor na Universidade de Évora e desde 2007 ensina violino, viola e música de câmara no Instituto Piaget. Desde 2010, colabora com o Conservatório de Música da Universidade de Lawrence, em Appleton, Wisconsin, nos Estados Unidos da América. Bin Chao toca num violino Carlo Giuseppe Testore de 1715, tendo também instrumentos dos luthiers Antonio Capela e Judith Bauer, entre outros. Desde 2014, é professor de violino na Escola Superior de Música de Lisboa.
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Martin Henneken
Violoncelo
Martin Henneken recebeu as suas primeiras aulas de violoncelo aos seis anos de idade. Estudou na Musikhochschule Lübeck (Alemanha) com Troels Svane. Posteriormente ingressou na classe de Reinhard Latzko na Universidade de Música de Viena (Áustria) onde concluiu o Mestrado com distinção. Músicos como o violoncelista Lynn Harrell e o violinista Walter Levin (Quarteto Lassalle) complementaram a sua formação. Foi premiado várias vezes no Concurso Nacional Alemão para Jovens Músicos. Foi bolseiro da Fundação Live Music Now, criada por Yehudi Menuhin.
Durante os seus estudos, colaborou regularmente com várias orquestras como a Filarmónica de Lübeck, a Orquestra da Volksoper Wien, a Sinfónica de Viena e a Sinfónica da Índia, Mumbai. Entre 2009 e 2010, integrou a Orquestra da Ópera Nacional de Viena (Filarmónica de Viena) com a qual teve a oportunidade de participar em gravações, digressões internacionais e festivais (Salzburgo, Lucerna, BBC Proms). Desde 2010, é 2.º Violoncelo Solista da Orquestra Gulbenkian.
Wolfgang Amadeus Mozart
Abertura da ópera As bodas de Figaro
Concerto para Fagote e Orquestra, em Si bemol maior, K. 191
Édouard Lalo
Sinfonia espanhola, em Ré menor, op. 21
Vencedor do Prémio Jovens Músicos 2022, Miguel Sepúlveda dirigiu pela primeira vez no Grande Auditório na ocasião do anúncio da distinção que consagra os talentos que marcarão o futuro da música em Portugal. Na sua estreia na Gulbenkian Música, o jovem maestro colocará a sua assinatura na direção de duas obras-primas de Mozart, bem como da Sinfonia Espanhola de Édouard Lalo, para a qual o compositor francês se inspirou na vivacidade das melodias e dos ritmos ibéricos. Como solistas, pontificam dois dos excelentes músicos da Orquestra Gulbenkian, Vera Dias e Bin Chao.
Mecenas Gulbenkian Música
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