Diálogos Improváveis

Coro Gulbenkian no Panteão Nacional

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Coro Gulbenkian
Jorge Matta Maestro
Amália Tortajada Flauta

Ariana Russo
Claire Santos
Maria José Conceição
Mariana Moldão
Susana Duarte

Beatriz Cebola
Joana Esteves
Joana Nascimento
Rita Tavares

António Gonçalves
Diogo Pombo
João Custódio
Pedro Miguel

João Costa
João Luís Ferreira
Pedro Casanova
Rui Borras
Tiago Navarro

 

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840 – 1893)
Hino dos Querubins, op. 41 n.º 6
(Liturgia de S. João Crisóstomo)

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)
Bogoroditse Devo (“Ave Maria”)

Carl Nielsen (1865 – 1931)
As crianças brincam, para flauta solo

William Byrd (1543 – 1623)
Ave verum corpus

Thomas Tallis (1505 – 1585)
If ye love me

Thomas Weelkes (1576 – 1623)
When David heard

Henry Purcell (1659 – 1695)
Hear my prayer, O Lord

Edgar Varèse (1883 – 1965)
Density 21,5, para flauta solo

Johannes Brahms (1833 – 1897)
Warum ist das Licht gegeben dem Mühseligen?, op. 74 n.º 1

Edward Elgar (1857 – 1934)
Lux aeterna

Gustav Holst (1874 – 1934)
Nunc dimittis, H. 127

Diálogos Improváveis, na acústica tão especial do Panteão Nacional, contrapõe estilos e linguagens musicais contrastantes, de origens tão distantes como a Rússia de Tchaikovsky e Rachmaninov, a Inglaterra de Byrd, Tallis, Weelkes, Purcell, Elgar e Holst, a Alemanha de Brahms, a Dinamarca de Nielson e a França de Varèse.

A Rússia do Romantismo é representada por: Piotr Ilitch Tchaikovsky, o primeiro grande compositor russo a afirmar-se internacionalmente, seguindo um estilo ocidental, mas cultivando as raízes do seu país, e do qual faremos o “Hino dos Querubins”, de 1878, uma das secções da Liturgia de S. João Crisóstomo; e ainda por Sergei Rachmaninov, compositor, maestro e exímio pianista, do qual cantaremos Bogoroditse Devo (“Ave Maria”), uma das secções da sua obra-prima coral, as Vésperas, op. 37, estreada em 1915. As duas obras são sobre textos litúrgicos da Igreja Ortodoxa Oriental.

William Byrd, Thomas Tallis e Thomas Weelkes estão entre os mais aclamados e influentes compositores ingleses do Renascimento. Byrd foi organista na Capela Real em Londres; Tallis compositor da corte de Henrique VIII, Eduardo VII, Maria I e Isabel I; Weelkes organista na Catedral de Winchester. A Byrd e a Tallis foi atribuído pela rainha Isabel I o honroso “monopólio para a música polifónica” e a patente para imprimirem e publicarem as partituras das suas obras. Ave verum corpus (Byrd), If ye love me (Tallis) e When David heard (Weelkes) têm, a par de uma melodia bastante cromática, uma harmonia elaborada, que sublinha o dramatismo dos textos através de dissonâncias muito expressivas.

Henry Purcell foi o mais importante compositor inglês do início do período Barroco. Estudou na Capela Real, aos 18 anos foi nomeado Compositor do Rei, e depois organista da Abadia de Westminster. A sua enorme produção inclui canções, ópera e música sacra. Hear my prayer, O Lord, para oito vozes, utiliza, apesar da nova e colorida roupagem harmónica barroca, uma construção imitativa de inspiração renascentista.

Edward Elgar era filho de um afinador de pianos. Ao ajudar o pai na sua loja de instrumentos, começou sozinho a estudar piano e violino. Foi mestre de banda e professor, até conseguir, aos 42 anos, o seu primeiro grande êxito, as Variações Enigma, op. 36. “Lux aeterna” é uma das secções dessa suite, num arranjo coral de John Cameron.

Gustav Holst estudou composição no Royal College of Music, mas para sobreviver tocava trombone e órgão. Tímido e introvertido, dedicou-se mais ao ensino do que à composição. O seu reconhecimento internacional só chegou com a suite The Planets, op. 32. Nunc dimittis, para oito vozes a cappella, é de 1915.

Do alemão Johannes Brahms, um dos maiores expoentes do romantismo musical europeu, cantaremos o grandioso motete Warum ist das Licht gegeben dem Mühseligen? (“Por que razão foi concedida a luz ao infeliz”), composto em 1878.

Carl Nielsen, o mais conhecido compositor dinamarquês, foi também violinista e maestro. Começou por tocar numa banda militar, mas depressa iniciou estudos musicais sérios no Conservatório de Copenhaga, tornando-se depois violinista da Orquestra Real Dinamarquesa. Demorou a ser reconhecido internacionalmente e as suas obras mais conhecidas são as sinfonias. “As crianças brincam”, para flauta solo, é um excerto da obra A Mãe, op. 41, de 1920.

Edgar Varèse nasceu em França, mas viveu a maior parte da sua vida nos Estados Unidos da América. Estudou engenharia, obrigado pelo pai, com quem tinha uma relação conflituosa, até que rumou a Paris, onde estudou na Schola Cantorum e no Conservatório. “O que é a música senão ruído organizado?”, pergunta Varèse. Um dos primeiros e mais importantes utilizadores de meios eletrónicos na música, ele define-se como um “organizador de sons”, utilizando “massas sonoras” e trabalhando-as em termos de timbre e ritmo.

Jorge Matta

 

No espaço e na acústica generosa do Panteão Nacional, a temática Diálogos Improváveis contrapõe estilos e linguagens musicais contrastantes: Tchaikovsky e Rachmaninov, expoentes máximos da grande música russa, com a sua densa polifonia; os ingleses Byrd, Tallis, Weelkes e Purcell, e ainda Elgar e Holst, com a sua transparência e subtileza; e também o compositor alemão Johannes Brahms, com um dos seus mais grandiosos motetes, obra-prima da música coral oitocentista. Em dois momentos, a expressão vocal será pontuada por peças que exploram o potencial expressivo e técnico da flauta transversal, com Amália Tortajada a interpretar peças de Nielsen e Varèse.

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