9.ª de Beethoven
Coro e Orquestra Gulbenkian / Lawrence Foster
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste GulbenkianEste concerto será transmitido aqui em direto no dia 26 de maio às 19:00.
Preço
50% – Menores de 30 anos
15% – Maiores de 65 anos
- Maestro
- Soprano
- Meio-Soprano
- Tenor
- Baixo
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Coro Gulbenkian
Fundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores. Pode atuar em grupos vocais mais reduzidos, apresentando-se tanto a cappella como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou com outros agrupamentos para a interpretação das grandes obras. No domínio da música contemporânea, tem apresentado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras de compositores portugueses e estrangeiros. Tem colaborado regularmente com prestigiadas orquestras, entre as quais a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden‑Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do Real Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional de Lyon ou a Orquestra de Paris.
O Coro Gulbenkian participou em importantes festivais internacionais, tais como: Festival Eurotop (Amesterdão), Festival Veneto (Pádua e Verona), City of London Festival, Hong Kong Arts Festival, Festival Internacional de Música de Macau, ou Festival d’Aix-en-Provence.
A discografia do Coro Gulbenkian está representada nas editoras Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC‑Music e Aria‑Music, tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prestigiados prémios internacionais. Entre 1969 e 2020, Michel Corboz foi o Maestro Titular do Coro. Desde 2024, Inês Tavares Lopes é Maestra Adjunta e Jorge Matta consultor artístico.
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Orquestra Gulbenkian
Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de sessenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de cerca de sessenta instrumentistas, que pode ser expandido de acordo com as exigências de cada programa. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório, do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas podem também ser interpretadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório, em Lisboa, em cujo âmbito colabora com os maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos nacionais, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. O finlandês Hannu Lintu é o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
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Lawrence Foster
Maestro
De ascendência romena, Lawrence Foster nasceu em 1941 em Los Angeles. É o Diretor Musical da Ópera de Marselha e Diretor Artístico e Maestro Principal da Orquestra Sinfónica Nacional da Rádio Polaca. É Maestro Emérito da Orquestra Gulbenkian, tendo sido Maestro Titular entre 2002 e 2013. Além dos concertos regulares no Grande Auditório, dirigiu a Orquestra Gulbenkian em várias digressões nacionais e internacionais e em gravações para a editora Pentatone Classics. Anteriormente desempenhara idênticas funções nas Orquestras Sinfónicas de Barcelona, de Jerusalém e de Houston, na Filarmónica de Monte Carlo e na Orquestra de Câmara de Lausanne. Entre 2009 e 2012, foi Diretor Musical da Orquestra e Ópera Nacional de Montpellier.
Na presente temporada, Lawrence Foster dirige um repertório diversificado, à frente da Filarmónica de Bergen, da NFM Filharmonia Wrocławska, da Filarmónica Janáček de Ostrava, da Orquestra Gulbenkian, da Filarmónica de Monte Carlo ou da Filarmónica de Marselha, entre outras orquestras. Participa também no festival Tiroler Festspiele e dirige dois concertos no Festival Internacional de Piano de la Roque d'Anthéron.
Recentemente, dirigiu as óperas Così fan tutte, Don Carlo e Ernani, com a Ópera de Marselha. Como maestro convidado, regressou à Ópera de Frankfurt para dirigir As bodas de Figaro e à Ópera de Monte Carlo para dirigir Street Scene de Kurt Weill. Ao longo de uma longa carreira, apresentou-se nos principais teatros de ópera do mundo, com destaque para Troilus and Cressida, na Royal Opera House - Covent Garden, a estreia norte-americana de Lulu de A. Berg, na Ópera de Houston, Oedipe de Enesco, na Deutsche Oper Berlin, e Ottelo de Verdi, na récita de abertura da nova Ópera de Los Angeles, com Plácido Domingo e Sherrill Milnes. Uma gravação de Otello, com o Coro e a Orquestra Gulbenkian, foi lançada em 2017.
Em 2013, Lawrence Foster recebeu o Orfée d'Or da Académie National du Disque Lyrique pela sua gravação de L’Etranger, de Vincent d’Indy, com a Ópera e Orquestra Nacional de Montpellier. Como Diretor Musical do Festival de Aspen e Diretor Artístico do Festival George Enescu (1998-2001), afirmou-se como um destacado divulgador e intérprete da música do compositor romeno. Em 2003 foi condecorado pelo Presidente da Roménia em reconhecimento dos serviços prestados à música romena.
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Laura Aikin
Soprano
A soprano norte-americana Laura Aikin é uma convidada regular dos grandes teatros de ópera e salas de concertos. O seu repertório é extenso, estendendo-se do Barroco até à música contemporânea. Iniciou a sua carreira na Staatsoper Unter den Linden Berlin (1992-98), sob a direção artística de Daniel Barenboim.
Para além das suas atuações em concerto no Festival de Salzburgo, desde 1995, interpretou a Rainha da Noite, em A flauta mágica de Mozart, Blondchen e Konstanze, em O rapto do serralho, também de Mozart, Badi'aet, na estreia mundial de L'Upupa de H. W. Henze, Marie, em Die Soldaten de B. A. Zimmermann, e ainda Gawain de Birtwistle. Colaborou com as grandes orquestras mundiais e muitos maestros de renome internacional, incluindo agrupamentos especializados como o Ensemble Intercontemporain, o Les Arts Florissants, o Concerto Köln e o Concentus Musicus Wien.
Destaques de atuações recentes incluem: Helena, em Orest de M. Trojahn, e Rosalinde, em O Morcego de J. Strauss II, na Ópera Estadual de Viena; O Nariz de Chostakovitch, na Ópera Estadual da Baviera; Girl with a Pearl Earring de Stefan Wirth, na Ópera de Zurique; a estreia no papel de Marschallin, em O Cavaleiro da Rosa de R. Strauss, em versão de concerto, sob a direção de Lawrence Foster; e Mrs. Grose, em The Turn of the Screw de Britten, dirigida por Iván Fischer, em Budapeste e Vicenza.
Laura Aikin participa em muitas gravações em CD e DVD, incluindo: Cristo no Monte das Oliveiras de Beethoven, com Daniel Barenboim e a Sinfónica de Chicago; Die Jakobsleiter de Schönberg, com a SWR Symphonieorchester; La campana sommersa de Respighi, na Ópera de Montpellier; Lulu de Alban Berg, na Ópera de Zurique; Dialogues des Carmélites de Poulenc, com Riccardo Muti, no Scala de Milão; uma gravação a solo de canções de N. Rorem, com o pianista Donald Sulzen; Cristo no Monte das Oliveiras e a Missa solemnis de Beethoven, ambas sob a direção de Nikolaus Harnoncourt. Mais recentemente, foi muito elogiada a gravação de O Morcego, com Laura Aikin no papel de Rosalinde, a NDR Radiophilharmonie e o maestro Lawrence Foster.
Desde o outono de 2022, Laura Aikin é professora de canto na Universität für Musik und darstellende Kunst Wien.
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Roxana Constantinescu
Meio-Soprano
Roxana Constantinescu iniciou a sua carreira profissional na Ópera Estadual de Viena. Atualmente, é muito solicitada como solista de concerto e de ópera, abordando um repertório excecionalmente vasto. Recentes atuações em concerto incluem: o Stabat Mater de Rossini, no Théâtre des Champs-Elysées; a Missa Solemnis de Beethoven, no Tokyo Opera City Concert Hall; e colaborações com a Internationale Bachakademie Stuttgart e os maestros Hans-Christoph Rademann e Helmuth Rilling, no Walt Disney Hall, em Princeton e em Fort Lauderdale.
Roxana estreou-se no Konzerthaus de Berlim como solista na Paixão segundo São João de J. S. Bach, e no Festival de Verbier, em Falstaff de Verdi. Foram muito aplaudidas as suas atuações na Ópera de Zurique, no Teatro la Fenice, na Ópera de Israel, na Ópera Real de Versalhes, no Teatro dell’Opera di Roma, na Deutsche Oper Berlin, no Novo Teatro Nacional de Tóquio, na Ópera de Los Angeles, no Theater an der Wien, na Ópera de Oviedo e no Teatro do Capitólio de Toulouse. Mais recentemente, estreou-se na Ópera de Paris como Bradamante, em Alcina de Händel. Com a Filarmónica de Dresden e o maestro Marek Janowski, gravou O Anel do Nibelungo de Wagner e Cavalleria Rusticana de Mascagni.
Roxana Constantinescu atuou sob a direção de muitos maestros de renome internacional, incluindo Seiji Ozawa, Pierre Boulez, Riccardo Muti, Fabio Luisi, James Conlon, Helmuth Rilling, Gustavo Dudamel, Kirill Petrenko, Marek Janowski, Sir Neville Marriner, Yannick Nézet-Séguin, Cristian Măcelaru, Bertrand de Billy, Franz Welser-Möst ou Manfred Honeck. Colabora com grandes orquestras, incluindo a Sinfónica de Chicago, a Filarmónica de Viena, a Filarmónica de Los Angeles, a Filarmónica de Munique, a Sinfónica de Toronto, a Sinfónica da Rádio da Baviera, a Sinfónica WDR de Colónia, a Sinfónica de Seattle ou a Sinfónica da Rádio de Estugarda.
Em recital, apresentou-se em prestigiados palcos como o Carnegie Hall, o Wigmore Hall, o Musikverein de Viena, a Abbaye de Lessay e a Goethe-Haus. Gravou para as editoras BIS Records, PentaTone Music, Hänssler Classic, OEHMS Classics, SWR, CSO Resound, Artmode Records, Weltbild e Carus Verlag. A gravação de Pulcinella de Stravinsky, sob a direção de Pierre Boulez, foi nomeada para os prémios Grammy.
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Christian Elsner
Tenor
O tenor alemão Christian Elsner nasceu em Freiburg im Breisgau e estudou canto com Martin Gründler e Dietrich Fischer-Dieskau. Com este último, aperfeiçoou a sua técnica e os seus conhecimentos de interpretação de Lied, uma das suas grandes paixões. Apresentou-se em recitais, com os pianistas Hartmut Höll, Gerold Huber e Burkhard Kehring, em muitos palcos da Europa, incluindo as Schubertiade Feldkirch. Em 1993 venceu o Concurso de Lied Walther Gruner, em Londres.
Estre as inúmeras atuações na Europa, nos E.U.A. e no Japão, destacam-se A Criação de Haydn, sob a direção de Zubin Mehta, o Stabat Mater de Dvořák, com Mariss Jansons, A Canção da Terra de Mahler, com Yannick Nézet-Séguin, Das Buch mit sieben Siegeln de Franz Schmidt, com Manfred Honeck, ou a 9.ª Sinfonia de Beethoven, numa digressão com a Filarmónica de Berlim e Sir Simon Rattle.
Christian Elsner estreou-se nos palcos de ópera em Heidelberg, no papel de Lenski, em Evgeny Onegin de Tchaikovsky. Particularmente enriquecedoras foram as suas prolongadas colaborações com o maestro Marek Janowski, que o dirigiu em récitas de Parsifal, Hansel und Gretel e Fidelio. As óperas de Richard Wagner tornaram-se, entretanto, no foco da sua carreira, incluindo atuações como Siegmund e Parsifal, no Teatro Nacional de Weimar, no Staatstheater Kassel, na Semperoper Dresden, na Ópera Estadual de Viena ou no Teatro Real de Madrid.
Recentemente, Christian Elsner foi solista na Missa Solemnis de Beethoven, sob a direção de Marek Janowski, em Dresden. Apresentou-se em recital com Hartmut Höll, em Karlsruhe, e interpretou Siegmund, numa versão de concerto de A Valquíria de Wagner, no Porto e em Stavanger.
Além de cantor profissional, Christian Elsner é escritor de livros infantis e professor de canto clássico na Universidade de Música de Wurtzburgo.
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Shenyang
Baixo-Barítono
Depois de vencer, em 2007, o concurso BBC Cardiff Singer of the World, o baixo-barítono chinês Shenyang estreou-se em vários palcos de grande prestígio, incluindo o Festival de Glyndebourne, a Metropolitan Opera, a Ópera Estadual da Baviera, a Ópera de Zurique ou a Ópera Nacional de Washington. O início da sua careira focou-se principalmente em papéis de óperas de Rossini, Mozart e Händel, mas numa nova fase adicionou ao seu repertório personagens como Don Pizarro (Fidelio), com a Filarmónica de Los Angeles e o maestro Gustavo Dudamel; Jochanaan (Salome), com a Sinfónica Nacional da Rádio Polaca e Alexander Liebreich; Gunther (O Crepúsculo dos Deuses), com a Filarmónica de Hong-Kong e Jaap van Zweden; Kurwenal (Tristão e Isolda), no Festival de Glyndebourne e nos BBC Proms, com Robin Ticciati; e Klingsor (Parsifal), no La Monnaie, com Alain Altinoglu.
Em concerto, demonstrou ser um artista versátil, destacando-se recentes interpretações de Romeu e Julieta de Berlioz, com a Filarmónica de Berlim e Daniel Harding; Oedipus Rex de Stravinsky, com a Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão e Santtu-Matias Rouvali; a 9.ª Sinfonia de Beethoven, com a Orquestra de Filadélfia e Yannick Nézet-Séguin; Canções e Danças da Morte de Mussorgsky, com a Filarmónica de Helsínquia e Klaus Mäkelä; Um Requiem Alemão de Brahms, com a Sinfónica de Boston e Andris Nelsons; ou a Sinfonia n.º 8 de Mahler, com a Filarmónica Neerlandesa e Marc Albrecht.
Os destaques de 2022/23 incluem: Kurwenal, com a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin; Don Pizarro, com a Orquestra do Tonhalle de Zurique; o Requiem de Verdi, com a Orquestra Nacional de Lyon e a maestra Simone Young, e com a Filarmónica de Bergen e Ed Gardner; a Sinfonia n.º 9 de Beethoven, com a Orquestra do Konzerthaus de Viena e Klaus Mäkelä, e com a Orquestra Gulbenkian e Lawrence Foster.
Shenyang estreou o papel principal de Buddha Passion, de Tan Dun, no Festival de Música de Dresden, com subsequentes apresentações em Los Angeles, Melbourne, Londres e Budapeste, sob a direção do compositor. Gravou o ciclo orquestral de Xiaogang Ye, The Song of the Earth (Deutsche Grammophon), sob a direção de Long Yu.
Shenyang recebeu o Alice Tully Vocal Arts Award pelo seu desempenho no domínio do Lied. Tem atuado por todo o mundo em recital, nomeadamente apresentado o seu novo programa Variations of Jade - The Journey of Tang Poetry. O álbum A Lost World inclui um conjunto de canções a solo e duetos de Schubert, em colaboração com a soprano Susanna Phillips e o pianista Brian Zeger.
Johann Sebastian Bach
Cantata “Nun ist das Heil und die Kraft”, BWV 50
Ludwig van Beethoven
Sinfonia n.º 9, em Ré menor, op. 125
Programa de sala (PDF 444 KB)
TRANSMISSÃO
https://www.youtube.com/watch?v=5IgtdbxxlEg
O compositor francês Hector Berlioz considerava a Sinfonia n.º 9 de Beethoven o “ápice do génio do seu autor”. Mas embora as considerações sobre a natureza da obra tenham tomado caminhos muito diversos, a grandiosidade desta criação impõe-se sobre qualquer juízo ou rotulação. Em particular, o seu quarto andamento ganhou vida autónoma e espalhou-se pelo mundo em associação com os mais elevados valores humanistas. Ouvir de novo a Nona, agora sob a direção do maestro Lawrence Foster, transporta sempre consigo a noção de que a música pode constituir um fator de união e alcançar uma intensa reverberação coletiva.
Guia de Audição
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Por Inês Thomas Almeida -
Por Inês Thomas Almeida
Mecenas Gulbenkian Música
Mecenas Orquestra Gulbenkian
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