Sete obras em estreia pela Orquestra Gulbenkian
Concerto final do workshop Composing for Voices and Orchestra
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Grande Auditório Fundação Calouste Gulbenkian- Maestro
- Soprano
- Tenor
- Barítono
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Orquestra Gulbenkian
Em 1962 a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu estabelecer um agrupamento orquestral permanente. No início constituído apenas por doze elementos, foi originalmente designado por Orquestra de Câmara Gulbenkian. Ao longo de sessenta anos de atividade, a Orquestra Gulbenkian (denominação adotada desde 1971) foi sendo progressivamente alargada, contando hoje com um efetivo de cerca de sessenta instrumentistas, que pode ser expandido de acordo com as exigências de cada programa. Esta constituição permite à Orquestra Gulbenkian interpretar um amplo repertório, do Barroco até à música contemporânea. Obras pertencentes ao repertório corrente das grandes formações sinfónicas podem também ser interpretadas pela Orquestra Gulbenkian em versões mais próximas dos efetivos orquestrais para que foram originalmente concebidas, no que respeita ao equilíbrio da respetiva arquitetura sonora.
Em cada temporada, a Orquestra Gulbenkian realiza uma série regular de concertos no Grande Auditório, em Lisboa, em cujo âmbito colabora com os maiores nomes do mundo da música, nomeadamente maestros e solistas. Atua também com regularidade noutros palcos nacionais, cumprindo desta forma uma significativa função descentralizadora. No plano internacional, a Orquestra Gulbenkian foi ampliando gradualmente a sua atividade, tendo efetuado digressões na Europa, na Ásia, em África e nas Américas. No plano discográfico, o nome da Orquestra Gulbenkian encontra-se associado às editoras Philips, Deutsche Grammophon, Hyperion, Teldec, Erato, Adès, Nimbus, Lyrinx, Naïve e Pentatone, entre outras, tendo esta sua atividade sido distinguida, desde muito cedo, com diversos prémios internacionais de grande prestígio. O finlandês Hannu Lintu é o Maestro Titular da Orquestra Gulbenkian, sucedendo a Lorenzo Viotti.
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Luca Francesconi
Compositor / Maestro
Nasceu em 1956 em Milão, onde estudou piano, direção de orquestra e composição com Azio Corghi. Entre 1981 e 1984, trabalhou com Karlheinz Stockhausen e Luciano Berio na realização de diversos projetos. Em 1977, estudou jazz no Berklee College of Music, em Boston. Em 1976, compôs música para um longo documentário da RAI acerca do vudu, o que o levou ao estudo de conceções musicais não ocidentais. Escreveu mais de 100 obras, recorrendo várias vezes à utilização de tecnologia.
As suas composições foram encomendadas e tocadas por instituições como o Teatro alla Scala de Milão, a BBC, a Filarmónica de Los Angeles, a Filarmónica de Nova Iorque, a Orquestra de Cleveland, a Sinfónica de São Francisco, a Filarmónica de Oslo, a Orquestra do Gewandhaus de Leipzig, a Orquestra da RAI, o Ensemble Intercontemporain, a Orquestra da Radio France, a Ópera de Paris, o Teatro San Carlo de Nápoles, a Academia Nacional de Santa Cecília, o Ensemble Modern, o Musikfabrik e as Óperas Estaduais de Berlim e da Baviera, entre outras. Trabalhou com prestigiados músicos como Muti, Chailly, Pappano, Eötvös, Malkki, Barenboim, Abbado ou Arditti, entre muitos outros.
Escreveu nove óperas, algumas das quais com estruturas multimédia. Quartett, encomendada pelo Scala de Milão em 2011, foi interpretada 85 vezes na produção original dos La Fura dels Baus e com sete novas produções.
Fundou a “aventura” musical e criativa AGON em 1990, em Milão. É o diretor artístico da Bienal de Veneza e do festival de música contemporânea Oslo Ultima Festival. Lecionou composição durante quarenta anos em diversos Conservatórios de Itália e da Escandinávia, e dirigiu masterclasses por todo o mundo. Recebeu, entre outros, os galardões Kranichstein Darmstadt, Ernst von Siemens, Abbiati, Grand Prix du Disque, Royal Philarmonic Society, Accademia Lincei Feltrinelli e Chevalier des Arts et des Lettres.
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Camila Mandillo
Soprano
Camila Mandillo é diplomada pela Hochschule für Musik Hanns Eisler Berlin, onde terminou o mestrado com distinção, sob a orientação de Martin Bruns e Uta Priew – com uma bolsa da Fundação Gulbenkian. Recebeu também as bolsas Deutshland Stipendium, Yehudi Menuhin Live Music Now Berlin, Vladimir Piontkovsky Memorial Scholarship, Bernbeck Stiftung, Freunde Junger Musiker Berlin e DMR Stipendienprogramms 2022 im Rahmen von Neustart Kultur.
Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa, onde terminou, em 2014, os cursos de canto e de guitarra clássica. Foi membro fundador, solista e assistente de direção artística do Coro Infanto-Juvenil da Universidade de Lisboa.
Apresenta-se regularmente em recitais de música de câmara e Lied, produções de ópera e música contemporânea, campo no qual tem vindo a obter particular notoriedade. No domínio da ópera destacam-se, entre outros, os seguintes papéis: Donna Anna e Zerlina (Don Giovanni); Susanna (As bodas de Figaro); Pamina (A flauta mágica); Giulia (La Scala di Seta), Morgana (Alcina); Belinda (Dido e Eneias); Hana (Blown off course de Pedro Rebelo); e Ser I (A Laugh to Cry de Miguel Azguime – ópera premiada, que obteve o Alto Patrocínio da Presidência da República Portuguesa e projeto com o qual participa, desde 2022, numa digressão Nacional e Internacional).
No domínio da música contemporânea, salienta-se um dos papéis principais na estreia absoluta de Neuen Szenen IV (Deutsche Oper Berlin); participações solísticas no workshop enoa “Composing for Voices and Orchestra with Kaija Saariaho”, e na Academia Vocal do Festival Impuls 2023, em Graz, na Áustria – com os Cantando Admonte e o IEMA Ensemble Modern; representante portuguesa no evento Art's Birthday - Euroradio Ars Acustica Special Evening 2023 – com transmissão rádio em direto para vários países; participação ativa em projetos com o Sond’Ar-te Electric Ensemble incluindo, entre outros concertos, a abertura do Festival Música Viva 2022, com a interpretação de Voi (Rex) de Philippe Leroux; recital a solo integrado no Ciclo Talentos Emergentes do Festival Música Viva 2021, com transmissão em direto para a Antena 2; interpretação de Quatre chants pour franchir le seuil, de Gérard Grisey, com o Echo Ensemble; concerto Poesie und Musikverbinden Zeiten und Welten – evento organizado pela Mendelssohn Gesellschaft Berlin.
Projetos futuros incluem, entre outros, a abertura do Festival Música Viva 2024, em Mysteries of the Macabre, de G. Ligeti, com a Orquestra Metropolitana de Lisboa.
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Marco Alves dos Santos
Tenor
Marco Alves dos Santos nasceu em Lisboa. Com bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, licenciou-se em canto pela Guildhall School of Music and Drama, em Londres. Interpretou vários papéis operáticos, incluindo Tamino (A flauta mágica), Ernesto (Don Pasquale), Anthony (Sweeney Todd), Duque de Mântua (Rigoletto), a Bruxa (Hänsel und Gretel), Prunier (La rondine), Conde Almaviva (O barbeiro de Sevilha), Acis (Acis and Galatea), Male Chorus (The Rape of Lucretia), Don Ottavio (Don Giovanni), Nemorino (L’elisir d'amore) e Ferrando (Così fan tutte).
Em concerto, destacou-se como o Narrador, em L'enfance du Christ de Berlioz, o Evangelista, nas Oratórias de Natal, de Páscoa e da Ascensão e na Paixão segundo São João de J. S. Bach, e como tenor solista na 9.ª Sinfonia de Beethoven, no Messias de Händel, na Petite messe solennelle de Rossini, no Requiem e na Missa da Coroação de Mozart, na Serenade for Tenor, Horn and Strings de Britten, no Te Deum de Bruckner e em Carmina Burana de Carl Orff.
Os compromissos de Marco Alves dos Santos para a temporada 2022/23 incluem, entre outros, os papéis de Conde Alberto (L'occasione fa il ladro de Rossini), para o Festival de Sintra, Don Ottavio (Don Giovanni), as árias de tenor da Paixão segundo São Mateus de Bach, para a Fundação Calouste Gulbenkian, e Arturo (Lucia de Lammermoor de Donizetti) para o Teatro Nacional de São Carlos, entre outros.
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André Henriques
Barítono
André Henriques concluiu o Curso de Canto da Escola de Música do Conservatório Nacional, em Lisboa, com António Wagner Diniz.
Bolseiro da Fundação Gulbenkian, estudou com Donald Maxwell no Royal Welsh College of Music and Drama, em Cardiff. No domínio da ópera, interpretou: Guglielmo (Così fan tutte), Masetto e Comendador (Don Giovanni) e Figaro (A bodas de Figaro), com a Orquestra Metropolitana de Lisboa; Um Cristão (Poliuto de Donizetti), na sua estreia no Teatro Nacional de São Carlos; Mufti (Le bourgeois gentilhome); e Sargeant (The Pirates of Penzance de A. Sullivan).
No âmbito do projeto enoa, com Claudio Desderi e Yin Chen Lin, foi Filiberto, em Il signor Bruschino de Rossini, e o protagonista em Gianni Schicchi, de Puccini, na Fundação Gulbenkian. Interpretou ainda o Gran Sacerdote di Bello (Nabucco), Fiorello (O barbeiro de Sevilha) e Peter (Hänsel und Gretel). Em concerto, cantou Liebeslieder Waltzes, de Brahms, no Festival de Música de Sintra, com João Paulo Santos e Olga Prats, Jephte de Carissimi, Te Deum de Charpentier, o Messias de Händel, a Paixão segundo São João de J. S. Bach, a Missa de J. D. Bomtempo e a 9.ª Sinfonia de Beethoven.
Mais recentemente, cantou o Stabat Mater de Szymanowski, sob a direção de David Jones, no St. David’s Hall (Cardiff), o Stabat Mater de Rossini, com Jeffrey Stewart, e ainda Acis and Galatea e Romeu e Julieta, com o Coro e a Orquestra Gulbenkian e os maestros Leonardo García Alarcón e Lorenzo Viotti, respetivamente.
Stylianos Dimou
Cong Wei
Fran Barajas
Mariana Vieira
João Carlos Pinto
Hibiki Mukai
Luca Francesconi
Composing for Voices and Orchestra foi o desafio lançado a jovens compositores pela Gulbenkian Música no quadro de um workshop da enoa – European Network of Opera Academies. Ao longo de cerca de sete meses e sob a orientação do compositor e maestro Luca Francesconi, seis jovens compositores tiveram oportunidade de criar novas obras que serão estreadas neste concerto pela Orquestra Gulbenkian e pelos solistas Camila Mandillo (Soprano), Marcos Alves dos Santos (Tenor) e André Henriques (Barítono). Será estreada também uma nova obra de Luca Francesconi, fruto de uma encomenda da Fundação Gulbenkian.
Parceiros
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