Perguntas frequentes sobre os animais no Jardim Gulbenkian
O Jardim Gulbenkian assegura alimento natural para os animais que o frequentam, pelo que não é necessário que os seres humanos os alimentem artificialmente. Citando o biólogo João Eduardo Rabaça: “O que existe no lago e nas margens é suficiente para eles poderem viver. E bem. Com toda a saúde e índices de condição física perfeitos”.
Os patos-reais não têm fome, mas aprenderam a ir ter com as pessoas que lhes dão comida. Todos estes patos estão muito bem nutridos e no espaço natural do Jardim Gulbenkian encontram todo o alimento de que necessitam e que faz parte da sua dieta natural.
A alimentação artificial tem consequências negativas para a sua saúde e estimula nas aves um comportamento que as pode colocar em risco – como o de ir para a rua atrás de quem lhes dá “guloseimas”.
Durante o confinamento muitos animais selvagens passaram a explorar os espaços públicos urbanos que estavam quase vazios. Este fenómeno aconteceu um pouco por todo o mundo.
No caso do Jardim Gulbenkian, vários vizinhos, preocupados com a eventualidade de os animais que geralmente se encontram no Jardim não terem alimento, passaram a fornecer-lhe comida nas imediações do Jardim, o que também motivou a sua permanência nas ruas.
É uma atitude nobre, mas que coloca em risco a saúde das aves que, na verdade, possuem no interior do Jardim tudo o que necessitam para se alimentar - vegetação aquática, moluscos, insetos, e pequenos peixes.
Os patos-reais são aves selvagens que voam e que, tal como as cegonhas, podem migrar. É por terem naturalmente disponível no Jardim Gulbenkian diversidade de alimento, bem como espaço para nidificação e descanso, que os patos-reais e muitas outras aves se habituaram a frequentar este espaço, vindos de outras partes da cidade, que também frequentam diariamente, como o Parque Eduardo VII, Monsanto, o Jardim Zoológico e outros.
Não é desejável que se alimentem os animais. O facto de algumas pessoas oferecerem a estas aves selvagens alimentos caraterísticos da alimentação humana como pão, bolachas, doces, etc. tem gerado vários problemas, não só na saúde das aves, como no desenvolvimento de comportamentos muito perigosos, como o de irem para a estrada procurar os “alimentadores”.
A Fundação possui uma estratégia de manutenção do Jardim que promove o aumento da biodiversidade neste espaço, criando as condições naturais para que as várias espécies da fauna possam ocorrer aqui naturalmente. A Fundação tem uma parceria com o núcleo de ornitologia da Universidade de Évora, sendo o Professor João Eduardo Rabaça o nosso consultor externo para todas as questões relacionadas com as aves que frequentam o Jardim.