Dez mandamentos para a conceção de um Jardim
Estes 10 vídeos foram criados para a instalação interativa que inaugurou o Centro Interpretativo do Jardim em 2013 e propõe revisitar o processo de conceção do Jardim Gulbenkian, apresentado a partir do texto da autoria de Gonçalo Ribeiro Telles – Dez Mandamentos para a construção de um jardim.
Ao longo dos 10 mandamentos, vão-se percebendo os diferentes conceitos, momentos e segredos que determinaram, no momento do seu projeto e ainda hoje, a espacialidade do lugar feliz e ameno: o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian. Uma paisagem que trabalha com as memórias do lugar, e, citando o próprio Gonçalo Ribeiro Telles, constrói «o elo entre matéria e ideia».
“O jardim é a sublimação de um lugar tornando-o feliz e ameno”
“A presença da água, traduzida na sua serenidade estética, movimento ritmado e dinâmica musical”
“A pujança da natureza compreendida na sua diversidade biológica e no ritmo de vida”
“Esplendor da luz conseguido através do contraste sombra-claridade e da harmonia das cores”
“A profundidade das perspetivas e o recorte dos sucessivos planos conseguindo valorizar distâncias e formas”
“A integração na paisagem envolvente sempre que esta seja ordenada e bela”
“Aceitar com base da conceção do jardim ou da paisagem a «ordem natural», ou seja da natureza liberta da acepção da sociedade humana”
“Impor à «ordem natural» a «ordem cultural» que sublimará aquela em face do seu único utente: o homem”
“Exaltar no jardim ou na paisagem a simplicidade no ordenamento das coisas, evitando a decoração pela decoração”
“Um jardim e uma paisagem são fruto de conceções e projetos e nunca de arranjos ou decorações, pelo que a sua grandeza e beleza resulta no que lhes é essencial na medida certa”
Mais do que mandamentos, estes princípios são a síntese de uma teoria de desenho de paisagem do qual o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian é paradigmático.