“A visão de certas paisagens aproxima-nos muito da experiência da transcendência. Daí o sublime. Mas isto acontece não por ser obra da natureza mas por ser uma criação do homem.”
— Gonçalo Ribeiro Telles, 2013
Um século de Arquitetura Paisagista
“A visão de certas paisagens aproxima-nos muito da experiência da transcendência. Daí o sublime. Mas isto acontece não por ser obra da natureza mas por ser uma criação do homem.”
— Gonçalo Ribeiro Telles, 2013
Gonçalo Ribeiro Telles, nascido em 1922, formou-se em Agronomia e Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia em 1950. Desempenhou diversos cargos políticos e participou na fundação de instituições referenciais no panorama da cultura nacional. Publicou vários livros e artigos e foi reconhecido a nível nacional e internacional.
Da sua atividade política, entre 1950 e 1985, resultam um conjunto de decretos-lei que são determinantes para a paisagem portuguesa como hoje a conhecemos. Foi responsável pela definição de uma política pública de ambiente e de paisagem e pela proposta de várias leis fundamentais no âmbito do ordenamento do território.
Em 1961, a convite de Azeredo Perdigão, foi responsável, juntamente com António Viana Barreto, pelo projeto do jardim da Fundação Calouste Gulbenkian onde desde logo defendeu os princípios da Arquitetura Paisagista.
Em 1975, juntamente com os arquitetos paisagistas Alexandre Cancela d’Abreu, Margarida Cancela d’Abreu e o escultor Nuno de Mendonça, funda o curso de Planeamento Biofísico que em 1981 se transformaria na licenciatura em Arquitetura Paisagista da Universidade de Évora, onde deixou um legado que continua a inspirar os jovens arquitetos paisagistas.
Paralelamente à atividade política e académica, desenvolveu a sua atividade profissional, sem que nunca as entendesse dissociadas, tendo desenvolvido um conjunto de projetos a várias escalas da paisagem: jardins privados e públicos, parques públicos, corredores verdes, implantação de rodovias, recuperação de pedreiras, recuperação de quintas de recreio, integração paisagística de unidades fabris, ordenamento rural e do território.