Zimbro
Juniperus horizontalis
Família e descrição
Da família Cupressaceae, género Juniperus, o zimbro é um arbusto persistente que, em condições ideais, pode atingir até 4 m de altura.
A espécie Juniperus horizontalis destaca-se por se desenvolver sobretudo numa disposição horizontal, numa estrutura ramificada e lenhosa.
As folhas são verdes, escamosas e densamente organizadas em pares opostos sobre os ramos.
É uma espécie dióica, sendo as plantas fêmeas que produzem os megastróbilos, que contém sementes no seu interior (gálbulos). As sementes demoram cerca de dois anos a amadurecer.
Origem e habitat
Originário da América do Norte, mas perfeitamente adaptado à região mediterrânica. Em Portugal encontra-se espontâneo, esporadicamente em Trás-os-Montes e Minho.
A sua crescente raridade em estado selvagem é grandemente atribuída ao rápido declínio dos seus habitats, fruto do crescimento urbanístico e outras atividades humanas. É, no entanto, cultivada como ornamental em jardins em zonas de solos mais pobres, já que está perfeitamente adaptada ao clima mediterrânico, com invernos frescos e húmidos e verões secos e quentes. Preferencialmente, deve surgir sob sol pleno e em solo bem drenado.
Utilizações e curiosidades
Existem várias cultivares que se diferenciam no porte, na tonalidade da cor das folhas, que podem ir desde mais glauco até a um verde-claro, e na estrutura, mais ou menos prostrada.
Os frutos contêm ácido butírico, de odor desagradável. Não são comestíveis mas têm sido tradicionalmente usados em medicina como adstringente. Os gomos centrais têm sido tradicionalmente utilizados na alimentação na Andaluzia.
As suas sementes são frequentemente ingeridas por carnívoros, o que beneficia o processo germinativo e a sua dispersão.
Reproduz-se por sementes, mas recorre-se usualmente à estacaria. Tolera muito bem podas.