Ulmeiro
Ulmus minor
Família e descrição
Do género Ulmus, família Ulmaceae, os ulmeiros são árvores de folha caduca com uma ampla copa oval, que podem atingir 35 m de altura e diâmetro.
O tronco é rugoso estriado castanho-escuro e os ramos jovens podem apresentar umas membranas esponjosas.
As folhas são alternas, ovaladas, assimétricas, com margem serrada e pecíolo curto. São ásperas na face superior. De 3 a 9 cm de comprimento, são mais pequenas do que as de outras espécies de ulmeiro.
É uma espécie monoica – com órgãos de ambos os sexos. As flores, hermafroditas, são esverdeadas, muito pequenas e discretas, aparecendo antes das folhas, no final do inverno.
Os frutos são sâmaras planas, arredondadas, com uma larga asa que envolve a semente, de 0,7 a 2 cm de diâmetro.
Origem e habitat
Originária da Europa, norte e oeste da Ásia e norte da América, encontra-se distribuída por quase toda a Península Ibérica, aceitando-se hoje o seu carácter autóctone nesta região.
É bastante exigente em água surgindo junto a ribeiras, em vales e zonas com o lençol freático superficial. Tolera todo o tipo de solos exceto os salinos, preferindo solos frescos e profundos. É relativamente resistente tanto ao frio como ao calor.
Utilizações e curiosidades
O ulmeiro que predomina em Portugal (Ulmus minor Mill.) é uma árvore de grande importância como ornamental e como fornecedora de madeira de excelente qualidade.
A sua madeira é muito resistente, flexível e fácil de polir. É usada em carpintaria, marcenaria, construção naval, utensílios de cozinha, pavimentos e indústria.
As suas folhas eram usadas antigamente na alimentação animal. A sua casca possui propriedades medicinais.
Possui crescimento rápido e grande longevidade, podendo alcançar 600 anos.
Esta árvore é frequentemente eleita pelas Cegonhas-brancas para localização dos seus ninhos.
Os ulmeiros têm sofrido, desde o início do século passado, de uma grave doença, a grafiose dos ulmeiros, ou DED (“Dutch Elm Disease”), provocada por um fungo – Ophiostoma (Ceratocistis) novo-ulmi – disseminado por escaravelhos, que tem, desde a década de 1980, provocado uma devastadora mortandade, tendo o número de ulmeiros diminuído drasticamente por todo o Hemisfério Norte.