Pimenteira-bastarda
Schinus molle
Família e descrição
Pertencente à família Anacardiaceae, a Schinus molle é uma árvore de folha persistente que pode alcançar 10 m de altura. Caracteriza-se por ter uma copa irregular com ramos pendentes e pelo seu tronco castanho, grosso e rugoso.
As folhas são pinuladas, com 20 pares de folíolos lineares a lanceolados, e aromáticas quando esmagadas.
As flores amarelas surgem entre junho e dezembro, dispostas em panículas cónicas axilares. Caracterizam-se por ter 5 pétalas e 10 estames, com 4 mm de diâmetro.
O fruto, uma drupa, surge entre dezembro e janeiro. Apresenta uma cor rosada, uma forma globosa, pouco carnuda, com 5 a 7 mm de diâmetro. Cada fruto contém uma única semente.
Origem e habitat
Natural da zona árida do norte da América do Sul e dos desertos andinos do Perú, esta árvore está bem adaptada a terrenos rochosos e encostas, sendo por isso importante no controlo da erosão.
Resiste à secura e, quando já está desenvolvida, tolera alguma geada e salinidade.
Utilizações e curiosidades
A pimenteira-bastarda propaga-se pela disseminação das sementes, por estaca ou por rebentos radiculares.
Foi originalmente introduzida para fins ornamentais, aparecendo frequentemente no espaço urbano. A sua resina serviu outrora para embalsamar as múmias dos imperadores e tem, a par das folhas, diversos fins medicinais. Os frutos são usados em culinária, moídos, tendo um sabor picante menos intenso que o da pimenta-preta ou branca – o que justifica a designação de pimenteira-bastarda. Na América do Sul serviam para a produção de uma bebida alcoólica.
O epíteto específico molle deriva de mulli, o nome popularmente utilizado no Peru para designar esta árvore.