Medronheiro
Arbutus unedo
Família e descrição
Da família Ericaceae, é um arbusto ou pequena árvore de folha persistente que pode alcançar cerca de 6 m de altura.
A sua copa é arredondada, irregular.
Possui tronco castanho acinzentado, tortuoso, com tendência a descascar nos exemplares mais velhos. Os ramos são eretos e quando jovens, avermelhados.
As folhas são verdes, simples, alternas, de 6 a 10 cm, coriáceas lanceoladas ou oblongas, de margem serrada e, com um brilho ceroso na página superior.
As flores, dispostas em panículas, com pequenos cálices, corola branca com 5 lóbulos, surgem de setembro a fevereiro, simultaneamente com os frutos do ano anterior, que demoram aproximadamente 10 meses a amadurecer.
Os frutos – medronhos – são do tipo baga, de 7 a 30 mm de diâmetro, redondos, com superfície granulosa, vermelhos, laranja antes de totalmente maduros, com polpa amarela. Formam-se no final do outono, amadurecendo até ao outono do ano seguinte.
Origem e habitat
É uma planta autóctone mediterrânico-atlântico, distribuída por toda a Península Ibérica, Europa ocidental e sul, Médio Oriente, norte de África e Macaronésia. Em Portugal encontra-se por quase todo o país, encontrando-se as maiores manchas a sul, nas Serras do Caldeirão e de Monchique.
O medronheiro surge espontaneamente em bosques de carvalho e sobreiro, pinheiros, charnecas ou matos, frequentemente em solos pedregosos. Tolerante ao ensombramento, o medronheiro gosta de climas suaves, sendo capaz de suportar climas com baixa pluviosidade e períodos estivais secos. Cresce tanto em solos ácidos como calcários e pode ocorrer até aos 1.200 metros de altitude.
Utilizações e curiosidades
O seu fruto é muito apreciado, sendo usados na produção de aguardente, um produto regional típico do Algarve.
As folhas e casca do medronheiro contêm taninos que são utilizados para curtir as peles. A sua madeira é boa para tornear e excelente combustível.