Azereiro © Paula Côrte-Real

Azereiro

Prunus lusitanica

Família e descrição

Da família Rosaceae, género Prunus, o loureiro-de-Portugal é um parente próximo das cerejas e de muitas outras árvores de fruto.

É um arbusto (ou pequena árvore) de folha persistente que pode alcançar 15 a 20 m de altura. Densamente ramificado, tem casca preta e lisa e ramos de cor vermelho-escuro.

As folhas são simples, alternas, com um comprimento compreendido entre os 8 e 14 centímetros, ovadas a oblongas, coriáceas, pontiagudas e dentadas, verde-amareladas na superfície inferior e verde-escuras, brilhantes, na superfície superior.

As flores, esbranquiçadas, são produzidas em cachos densos eretos e surgem, geralmente, entre maio e julho.

Os frutos são pequenas drupas parecidas com cerejas, com um tamanho o entre os 8 e os 13 milímetros. Com a maturação no final do verão, os frutos adquirem a cor púrpura escura. Os frutos são amargos e ásperos, não comestíveis.

Origem e habitat

O azereiro, Prunus lusitanica, também conhecido vulgarmente por loureiro-de-Portugal ou ginjeira-brava, é uma espécie de cerejeira nativa de Portugal e Macaronésia, Espanha, Marrocos e França.

Esta espécie existe no estado selvagem na Península Ibérica e em pontos isolados do Sudoeste de França e no Norte de Marrocos. Prefere os lugares frescos e húmidos com influência oceânica.

A subespécie autóctone de Portugal continental é a subsp. lusitanica. Outras subespécies (subsp. azorica e subsp. hixa) existem nos Açores e na Madeira. Habita bosques-relictos nas montanhas, em terrenos silícicos. É uma planta considerada endémica da Península ibérica com distribuição pelas Beiras, Minho, Trás-os-Montes, Açores e Madeira. Existe também no País Basco francês.

Utilizações e curiosidades

O azereiro é considerado uma relíquia da “laurissilva”, a flora-relicto semitropical que sobreviveu à Idade do Gelo, principalmente nas Ilhas da Macaronésia.

Não é considerada uma planta ameaçada mas as subespécies dos Açores e Madeira são protegidas.

A sua madeira tem sido usada, em Portugal, no fabrico de pequenos utensílios.

O seu fruto é apreciado por aves que o consomem e defecam as sementes, auxiliando na disseminação da planta.

 

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