Amoreira-preta
Morus nigra
Família e descrição
Da família Moraceae, a amoreira-preta é uma árvore de folha caduca que pode alcançar 12m de altura.
A sua copa é densa e bastante ramificada, com um diâmetro que pode atingir 10m.
O tronco e os ramos mais velhos possuem a casca fendida. Nos ramos jovens, a casca é lisa.
As folhas são alternas, ovadas a cordiformes, frequentemente com margem duplamente dentada, verde-escuras e brilhantes, amarelas no outono.
É uma espécie monoica (cada indivíduo apresenta órgãos sexuais dos 2 sexos). A floração ocorre entre março e maio. As flores masculinas dispõem-se em espigas grossas e prolongadas; as femininas são mais curtas e arredondadas, ovoides. Ambas as flores, de cor verde-clara, estão suspensas por curtos pedúnculos.
A amora é um conjunto de frutos (infrutescência), neste caso designada por sorose (conjunto de bagas com um eixo carnudo no centro). Cada amora tem geralmente de 2 a 2,5 cm de comprimento e forma oblonga. No caso das amoreiras-pretas, as amoras apresentam cor púrpura e posteriormente vermelho-escuros, quando maduras, e têm um sabor mais adocicado que as amoras brancas. A frutificação ocorre de maio a agosto.
Origem e habitat
Morus é o nome de um género de plantas de folha caduca nativas das regiões temperadas e subtropicais da Ásia. Não sendo espontânea em Portugal, é uma árvore ruderal, que pode surgir espontaneamente em zonas de habitação e margens de caminhos, fruto da queda das sementes de árvores cultivadas. Tem preferência por solos profundos, ricos em matéria orgânica e humidade.
Utilizações e curiosidades
É bastante usada em jardins e hortas, tanto pela sua sombra como pelos seus frutos. É uma árvore de crescimento rápido e tem várias utilizações. A sua folha é o alimento dos bichos-da-seda (sobretudo a folha da amoreira-branca) e o seu fruto quando maduro é comestível. As amoras são bastante ricas em vitamina C e todas as partes da planta possuem propriedades medicinais, sendo tradicionalmente usadas em infusões e xaropes para os mais diversos fins.
Esta árvore é referenciada na mitologia grega, no mito de Príamo e Tisbe e na mitologia greco-romana, onde a amoreira é dedicada à Deusa Minerva.