Alfarrobeira, folhas e flores © Paula Côrte-Real

Alfarrobeira

Ceratonia siliqua

Família e descrição

Da família Fabaceae, a alfarrobeira é uma árvore leguminosa de folha persistente que pode alcançar os 10 m de altura. 

A sua copa é mais ou menos oval com ramos horizontais. O tronco é castanho e irregular com casca lisa com algumas saliências. 

As folhas são alternas, compostas por 1 a 5 pares de folíolos ovados e elípticos,  verde-escuras e lustrosas na página superior, e de um verde mais pálido na inferior. 

A floração acorre entre agosto e outubro. As suas flores são muito pequenas, sem corola e com um cálice formado por 5 sépalas esverdeadas ou avermelhadas; formam cachos que nascem nos troncos e ramos. Sendo uma espécie dioica, as flores são geralmente unissexuais, havendo árvores masculinas e árvores femininas.  

Os frutos são vagens com cerca de 10 a 25 cm de comprimento, carnudas, que quando amadurecem evoluem de verde para castanho-escuro. Possuem no seu interior 10 a 16 sementes e são conhecidas por alfarrobas.

Origem e habitat

Não se conhece ao certo a origem da sua distribuição por ser uma espécie de cultivo extensivo desde há muito tempo no Mediterrâneo.  

As alfarrobeiras são árvores espontâneas ou subespontâneas em matagais esclerofilos mediterrânicos, com solos básicos e pedregosos. No entanto toleram também solos arenosos ou argilosos. Encontra-se em regiões de clima quente e inverno ameno.  

É uma espécie resistente ao calor, à seca e à salinidade mas intolerante ao alagamento. 

Utilizações e curiosidades

É cultivada em pomares de sequeiro (alfarrobais) e utilizada como ornamental em jardins. Reproduz-se por germinação da semente. 

As alfarrobas, vagens nutritivas e saborosas, foram desde há vários séculos usadas para alimentar o gado e em épocas de escassez. Na antiguidade as sementes foram ainda utilizadas como unidade de peso (carate) para materiais preciosos (barras de ouro, diamantes, joias etc.).  

Atualmente é utilizada na alimentação humana por ter um sabor adocicado, sendo frequentemente usada como substituto do chocolate na confeção de doces.  

A semente também é usada para extração de uma goma com variadíssimas aplicações industriais, nomeadamente no setor alimentar como espessante, estabilizante e emulsionante ou na indústria têxtil como agente gelificante para impressão; no fabrico de papel, colas e tintas e na indústria farmacêutica para fabrico de cápsulas, cremes dentais e cosméticos, entre outros. 

A madeira, dura e densa é usada no fabrico de utensílios diversos. 

A casca e as folhas são ricas em taninos e, por isso, tradicionalmente usadas na indústria dos curtumes.

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