António Viana Barreto e o seu Legado para a Paisagem em Portugal
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Data
- / Cancelado / Esgotado
Local
Auditório 3 Fundação Calouste Gulbenkian
Esta conferência reúne estudiosos da sua obra e antigos colegas de trabalho, que irão apresentar os aspetos mais relevantes da sua obra enquanto arquiteto paisagista.
O seu legado deixou uma marca na profissão ao nível do Projeto de Arquitetura Paisagista e do Ordenamento da Paisagem, bem como nas Políticas de Ordenamento do Território em Portugal.
Esta iniciativa assinala o encerramento da exposição António Viana Barreto. Maestro da Paisagem, inaugurada no dia do centenário do seu nascimento, onde estiveram expostos alguns dos seus mais emblemáticos trabalhos e um conjunto de estudos.
Oradores
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Teresa Andresen
Arquiteta Paisagista e Engenheira Agrónoma (ISA, 1982). Mestre em Arquitetura Paisagista (EUA, 1984). Doutorada em Ciências Aplicadas ao Ambiente (UAveiro 1992). Lecionou no ISA, Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro e na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, onde introduziu o curso de Arquitetura Paisagista. É presidente da Direção da Associação Portuguesa dos Jardins Históricos e membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
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Fernando Pessoa
Fernando José Santos Pessoa, autor, professor universitário, Engenheiro silvicultor e Arquiteto paisagista. Foi Administrador Florestal do Funchal e Porto Santo e Arq. Paisª da Direção Regional de Urbanismo do Funchal. Foi Chefe de Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente Gonçalo Ribeiro Telles (1974-1975). Foi Fundador e Presidente do Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico, tendo sido responsável pela criação dos primeiros Parques e Reservas Naturais em Portugal.
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Teresa Bettencourt da Câmara
Licenciada em Arquitetura Paisagista pelo Instituto Superior de Agronomia e doutorada em Arquitetura Paisagista e Ecologia Urbana pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, tem desenvolvido investigação no âmbito da história da arquitetura paisagista. Como quadro de organismos estatais desenvolveu a sua atividade quer na inventariação de espaços verdes, no Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA), quer ao nível do projeto e manutenção de jardins (DGPC).
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Sebastião Carmo-Pereira
Arquiteto paisagista, colaborou com João Gomes da Silva e Ribeiro Telles, entre outros. Integrou as equipas das exposições «A utopia e os pés na terra. Gonçalo Ribeiro Telles» – coordenação Joaquim Caetano (Museu de Évora, 2003); «Paisagem como Arquitetura a partir das obras de João Gomes da Silva e Paulo David» – curador Nuno Crespo (Centro Cultural de Belém, 2015) e «Sombras do Império. Belém, Projetos, Hesitações e Inércia» – coordenação de João Paulo Martins (Padrão dos Descobrimentos, 2022)
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Aurora Carapinha
Licenciada em Arquitetura Paisagista, mestre em Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica e doutorada em Artes e Técnicas da Paisagem pela Universidade de Évora, é investigadora e Vice-Presidente da Direção do CHAIA (Centro de História da Arte e Investigação). Professora Auxiliar no Departamento de Paisagem, Ambiente e Ordenamento da Universidade de Évora. Em 2021, foi distinguida com o Prémio Gonçalo Ribeiro Telles.
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Katerina Gkoltsiou
Katerina Gkoltsiou, Ph.D em Geografia (Universidade de Aegean, Grécia), é mestre em Arquitetura Paisagista (Universidade de Edimburgo, Reino Unido) e tem diploma em Agricultura (Universidade de Agricultura de Atenas, Grécia). É Presidente da IFLA Europa (2021-2023), Presidente da Associação de Arquitetos Paisagistas Pan-helênicos (PHALA) (2016-presente) e é membro da Câmara Geotécnica, Grécia.
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Maria da Conceição Freire
É licenciada em Arquitetura Paisagista, mestre em Património Arquitetónico e Paisagístico e doutorada em Artes e Técnicas da Paisagem, pela Universidade de Évora (UÉ). Colaborou com António Viana Barreto no Gabinete PEV. É professora auxiliar no Departamento de Paisagem Ambiente e Ordenamento Tecnologia | UÉ e membro integrado do Centro de Investigação de História de Arte e Investigação Artística | UÉ, desde 2011. É diretora do mestrado em Arquitetura Paisagista, desde 2017.
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Maria Antónia Castro e Almeida
É licenciada em Engenharia Agronómica e em Arquitetura Paisagista e doutorada em Engenharia Rural e em Arquitetura Paisagista, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Entre 1974-1981 foi técnica na administração pública (Gabinete do Plano Diretor da Região de Lisboa e do Gabinete de Planeamento Urbanístico e do Ordenamento do Território) cujo diretor era António Viana Barreto com quem também colaborou no âmbito do atelier PEV.
Programa
18:00 / Abertura
Um por Todos, Todos por Um
António Viana Barreto, o quarto discípulo de Francisco Caldeira Cabral a concluir o Curso Livre de Arquitetura Paisagista no Instituto Superior de Agronomia (1952), é, a par com Gonçalo Ribeiro Telles, uma das figuras de referência da 1ª geração de arquitetos paisagistas portugueses. O seu legado profissional distingue-se no âmbito do ordenamento do território mas foi igualmente um marcante e inovador projetista de parques e jardins. Personalidade de trato afável, privilegiava a concertação entre colegas e a interdisciplinaridade.
Ordenamento do Território e Áreas Protegidas em Portugal
O Ordenamento do Território só foi possível implementar em Portugal depois a mudança de regime em abril de 1974.
Processo iniciado com o Prof. Francisco Caldeira Cabral e depois dinamizado pelo Arq. paisª Gonçalo Ribeiro Telles, foi aprofundado e tornado prática pelo arq.º António Viana Barreto enquanto dirigente do Serviço de Arquitetura Paisagista da Direção Geral do Planeamento Urbanístico.
O Espólio de Viana Barreto
O espólio pessoal de António Viana Barreto, de âmbito extremamente abrangente contempla disciplinas como projeto, estudos e planos. A vanguarda das suas propostas faz deste espólio um testemunho do processo evolutivo da Arquitetura Paisagista, constituindo assim um verdadeiro tesouro a explorar.
A Torre de Belém
A «Contribuição para o estudo de enquadramento da Torre de Belém», de autoria de Viana Barreto, inaugura uma nova abordagem em relação ao papel da natureza no desenho dos espaços envolventes a monumentos. Viana Barreto trabalha topografia, modelação de terreno, distribuição da vegetação espontânea e as relações visuais a partir de diferentes ângulos oblíquos à Torre de Belém. Neste sentido, a sua obra opõe-se de forma clara aos princípios da axialidade, simetria e monumentalidade da escola de Beaux Arts que tinham norteado os projetos até então.
A Invisibilidade do Visível: António Viana Barreto no Projeto do Jardim Gulbenkian
António Viana Barreto é um dos autores do projeto do Jardim Gulbenkian. Apesar de discreto e pouco mediático, a sua genialidade em termos de criação de soluções técnicas inovadoras foi fundamental para que este jardim conseguisse conciliar na perfeição um exigente programa construtivo com um enorme jardim, em que edifício e jardim se interpenetram de forma magistral.
19:50 / Encerramento
Em parceria com
A Fundação Calouste Gulbenkian reserva-se o direito de recolher e conservar registos de imagens, sons e voz para a difusão e preservação da memória da sua atividade cultural e artística. Caso pretenda obter algum esclarecimento, poderá contactar-nos através do formulário Pedido de Informação.