Exposição organizada pela Secretaria Regional da Educação e Cultura dos Açores, no âmbito da II Bienal de Arte dos Açores e do Atlântico, de forma a homenagear António Dacosta (1914-1990), natural de Angra do Heroísmo.

«Através de um pequeno mas bem escolhido número de obras, a par da poética e do imaginário deste grande pintor, a rara qualidade poética dos seus quadros» era dada a conhecer ao público (António Dacosta, 1987).

Este conjunto tocava as diferentes fases da obra de Dacosta, incidindo, no entanto, na sua produção mais recente. Para isso, a mostra contou com uma série de empréstimos por parte da Galeria 111, onde o artista tinha exposto individualmente em 1983, após um longo período distanciado da pintura. A primeira fase lisboeta é aqui representada por Serenata Açoriana (1940) e A Festa (1942), seguindo-se um conjunto de obras relativas ao seu regresso à pintura, muitas das quais com fortes ligações ao universo insular.

Ao surgir num momento em que a exposição retrospetiva «António Dacosta» (1988) já se encontrava em fase de preparação, esta mostra acabava por ser, de certa forma, uma pequena amostra daquilo que então se projetava para o Centro de Arte Moderna. O próprio catálogo é prova disso, com uma aproximação à obra do artista, da autoria de Helena de Freitas, intitulada «Notícias do Paraíso», designação que surge novamente no catálogo da grande exposição de 1988.

Mariana Roquette Teixeira, 2017