A exposição de 30 trabalhos do pintor Manuel Cargaleiro (1927) inaugurou na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da Fundação Calouste Gulbenkian (piso 01), a 23 de julho de 1984, integrada no VI International Symposium on Morphological Sciences, presidido por J. A. Esperança Pina e organizado pela Universidade Nova de Lisboa.

A mostra contou com 29 pinturas a óleo e uma serigrafia, abrangendo um período que vai de 1963 a 1984, segundo o catálogo da exposição. Todavia, alguns artigos de imprensa divulgam a exposição como tendo reunido 25 obras.

Embora o simpósio tenha apenas durado de 23 a 27 de julho de 1984, a Fundação Calouste Gulbenkian optou por manter a exposição aberta ao público até 15 de agosto, em virtude de estes trabalhos constituírem um importante núcleo da obra de Cargaleiro. Em alguns recortes de imprensa encontrados, o fim da exposição aparece como tendo sido a 19 de agosto.

O catálogo da exposição, em português e em inglês, é introduzido por um texto assinado por Jorge de Guimarães, sobre a obra e o percurso de Manuel Cargaleiro. O restante corpo do catálogo é constituído pela reprodução de algumas pinturas e por uma cronologia do trabalho deste pintor português radicado em França.

A grande maioria dos artigos de imprensa disponíveis cinge-se à divulgação da exposição, em pequenos textos, com exceção de uma entrevista ao artista, conduzida por João Miguel Barros e publicada pelo jornal Semanário, na qual Manuel Cargaleiro é questionado sobre críticas de que era alvo, envolvendo, nomeadamente, os fins comerciais do seu trabalho (Barros, Semanário, 4 ago. 1984).

Carolina Gouveia Matias, 2017