Exposição coletiva de escultura húngara contemporânea, promovida pelo ministério húngaro da Cultura e Educação, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), através do seu Serviço de Exposições e Museografia, e contou com o comissariado da historiadora húngara Katalin Néray.

A realização deste evento, além de possibilitar o contacto do público português com as práticas artísticas do Leste da Europa, tinha como intuito estreitar as relações culturais entre a Hungria e Portugal. Na mostra encontravam-se representados 30 artistas húngaros, num total de 74 obras, das mais variadas tendências artísticas da escultura húngara da década de 1960 em diante, momento em que novas perspetivas artísticas começam a superar os cânones tradicionais que até aí prevaleceram, amplamente orientados para as práticas figurativas.

As obras apresentadas mostravam novos caminhos da escultura húngara a partir dos seus pioneiros Tibor Vilt (1905-1983) e Erzsébet Schaár (1908-1975), que introduziam interpretações espaciais mais abstratizantes. Ildikó Nagy confirmaria esse posicionamento no texto introdutório que escreveu para o catálogo da exposição: «A complexa imagem apresentada pela escultura húngara durante os últimos quinze anos compreende a tradição figurativa, bem como a assimilação individual do pensamento escultórico moderno.» (Tendências na Pequena Escultura Húngara Contemporânea, 1983)

O conjunto apresentado na Galeria de Exposições Temporárias da Sede da FCG (piso 01) reunia várias tendências, desde o abstracionismo ao geometrismo herdeiro do construtivismo, passando pela pop art, pela folk art e também pela arte conceptual.

Filipa Coimbra, 2017