Gravuras de Lars Bo

Exposição itinerante de gravuras de Lars Bo (1924-1999), realizada com o apoio da Embaixada da Dinamarca em Portugal. As 147 gravuras apresentadas, a preto-e-branco e a cores, mostram um mundo repleto de fantasia e histórias tradicionais do imaginário escandinavo.
Travelling exhibition of work by Lars Bo (1924-1999) featuring 147 prints in colour and black and white that depict a Scandinavian imaginary world brimming with folklore and fantasy. The show was held at the Temporary Exhibitions Gallery of the Calouste Gulbenkian Foundation and was arranged with support from the Embassy of Denmark in Portugal.

Exposição de 147 gravuras, a preto-e-branco e a cores (alguns artigos de imprensa referem 195), e nove álbuns e ilustrações diversas do artista dinamarquês, residente em Paris, Lars Bo (1924-1999). Inaugurou na Galeria de Exposições Temporárias a 24 de junho de 1982, e aí permaneceu até 18 de julho do mesmo ano. Contou com a presença do artista na montagem e na inauguração.

Esta exposição comprovou o aumento da reputação de Lars Bo em Portugal, em França, na Dinamarca e restantes países nórdicos, nos Estados Unidos, na Suíça, na Alemanha e no Japão.

O mundo de Lars Bo, apresentado com os trabalhos presentes nesta exposição, é caracterizado, segundo Charles Perussaux, por uma clara influência do imaginário escandinavo: «De cavaleiros estranhos, perseguindo numa noite inflamada uma amazona nua; algures, uma adolescente mostra simbolicamente ao espectador um ovo gigantesco, ou um rouxinol nocturno lança o seu canto perante o olhar de um par de amorosos. Noutra composição, centauros espreitam silenciosamente uma mulher.» (Gravuras de Lars Bo, 1982)

A consulta da documentação relativa à produção da exposição inclui uma carta enviada por José Sommer Ribeiro a Erik Farso Madsen, conselheiro da Embaixada da Dinamarca em Portugal, a 30 de setembro de 1980, dando conta do seu interesse na realização de uma exposição de gravuras de Lars Bo.

O catálogo inclui textos de Charles Perussaux, conservador na Bibliothèque Nationale, de Pierre Lubecker, crítico de arte e redator do Politiken, e do artista Paulo Ferreira, além de reproduções de alguns trabalhos expostos e uma biografia de Lars Bo. Depois de ter estado na Galeria de Exposições Temporárias da Fundação Calouste Gulbenkian, a mostra seguiu para a Fundação Casa de Mateus, em Vila Real, onde inaugurou a 11 de setembro de 1982. Ambas as exposições contaram com o apoio da Embaixada da Dinamarca em Portugal.

A exposição foi noticiada nos jornais O Setubalense, Jornal de Letras, O Dia, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Cidade de Tomar, Portugal Hoje, O Diário e Diário Popular. Alguns jornais como o Diário de Lisboa, além de noticiarem a exposição, sugerem a visita a duas outras exposições a decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian: uma de ourivesaria, de Kukas, a outra das pinturas de Oenpelli. É, aliás, neste sentido que surge a crítica positiva do Diário de Notícias à Fundação Calouste Gulbenkian: «[…] visitar as Galerias da Gulbenkian será sempre um tempo bem aplicado, porquanto, mais do que uma, há sempre mais três ou quatro exposições para ver.»

Carolina Gouveia Matias, 2017


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

La Porte Fragile

Lars Bo (1924-1999)

La Porte Fragile, 1971 / Inv. GE14

L'Avant Première

Lars Bo (1924-1999)

L'Avant Première, 1981 / Inv. GE12

Passage de Linotte

Lars Bo (1924-1999)

Passage de Linotte, 1977 / Inv. GE13

La Porte Fragile

Lars Bo (1924-1999)

La Porte Fragile, 1971 / Inv. GE14

L'Avant Première

Lars Bo (1924-1999)

L'Avant Première, 1981 / Inv. GE12

Passage de Linotte

Lars Bo (1924-1999)

Passage de Linotte, 1977 / Inv. GE13


Publicações


Material Gráfico


Fotografias

José de Azeredo Perdigão (ao centro) e José Sommer Ribeiro (atrás, à dir.)

Documentação


Periódicos


Fontes Arquivísticas

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM 00256

Pasta com documentação referente à produção da exposição. Contém convites, orçamentos, correspondência interna e externa, elementos para o catálogo e recortes de imprensa. 1981 – 1983

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Comunicação), Lisboa / COM-S001/019-D02161

5 provas, p.b.: inauguração (FCG, Lisboa) 1982

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0102-D00339

4 provas, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 1982

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0102-D00340

15 provas, p.b.: aspetos (FCG, Lisboa) 1982

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0102-D00341

23 provas, p.b., cor: inauguração (FCG, Lisboa) 1982

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0102-D00342

23 provas, cor: aspetos (Fundação Casa Mateus, Vila Real) 1982

Arquivos Gulbenkian (Serviço de Exposições e Museografia), Lisboa / SEM-S007-P0102-D00343

5 provas, cor: aspetos (Fundação Casa Mateus, Vila Real) 1982


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