Exposição temática resultante da parceria entre a Secretaria da Cultura, Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Sacra de São Paulo e a Fundação Calouste Gulbenkian. Integrada na visita oficial a Portugal do presidente do Brasil, esta exposição foi inaugurada em 15 de maio de 1973, com a presença de Emílio Médici, chefe de Estado brasileiro, e Américo Tomás, presidente da República Portuguesa.

A exposição reuniu um significativo conjunto de objetos de arte, representativo da arte barroca seiscentista, produzido em território brasileiro nos grandes colégios e mosteiros beneditinos, franciscanos e jesuítas, onde «funcionavam verdadeiros ateliers de arte, naturalmente frequentados também pelos leigos» (Barroco Brasileiro, 1973).

A maioria dos objetos expostos, num total de cerca de 100 peças, pertencia ao acervo do Museu de Arte Sacra de São Paulo. Neste núcleo incluíram-se ainda importantes obras, pertença de instituições portuguesas, como um retrato de D. Pedro IV e uma estátua equestre de D. Pedro IV – maquete em bronze atribuída a Célestin Anatole Calmels (1822-1906) –, pertencentes ao Museu Nacional de Soares dos Reis e uma escultura representando o profeta Joel, réplica em pedra-sabão do original de António Francisco Lisboa, o Aleijadinho, obra executada para o Santuário de Congonhas do Campo, pertencente ao acervo do Museu Nacional de Arte Antiga.

A exposição recebeu diversas críticas favoráveis, entre as quais se destaca a de Mário Oliveira, onde se lê: «Poucas vezes temos visto uma exposição tão bem orientada na sua montagem como esta excelente exposição.» (Oliveira, 7 jun. 1973)

Isabel Falcão, 2016