To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky

Com curadoria de Ana Vasconcelos, esta exposição reuniu obras do artista contemporâneo português Jorge Queiroz (1966) e do artista moderno, nascido na Arménia, Arshile Gorky (1904-1948). Desenvolvida com base na possibilidade de aproximação plástica e no diálogo formal entre as duas obras, materializou-se numa instalação concebida por Jorge Queiroz para a Galeria de Exposições Temporárias do Museu Calouste Gulbenkian.

A exposição «To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky» foi pensada, num primeiro momento, para integrar o ciclo «Conversas», uma linha de programação desenvolvida por Penelope Curtis, diretora do Museu Calouste Gulbenkian (MCG) entre 2015 e 2020, que pretendia associar artistas tão diversos na sua produção como Francisco Tropa, Sarah Affonso ou Praneet Soi (para nomear apenas alguns) a obras de coleções de outros museus ou às próprias coleções da Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), proporcionando, desse modo, a abertura a diálogos fluidos nos diversos domínios da arte. Durante este período de cinco anos, os serviços do MCG e do Centro de Arte Moderna (CAM) estiveram fundidos por decisão do Conselho de Administração da Fundação Calouste Gulbenkian. A ideia de reunir elementos das duas coleções de arte da FCG – que aliás já havia sido experimentada por Helena de Freitas com as exposições designadas como «Meeting Point» –, neste contexto da fusão, parecia traçar-se como uma inevitabilidade, e encaixava numa tendência, praticada internacionalmente por diversos museus, de criar diálogos entre artistas contemporâneos e as suas próprias coleções. Além do ciclo «Conversas», também a exposição «Linhas do Tempo», em 2016, ou as diferentes edições de «Convidados de Verão» contribuíram ativamente para este desígnio da programação de Penelope Curtis.

A ideia que esteve na origem da exposição «To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky» remonta, contudo, a uma fase anterior, quando a curadora Ana Vasconcelos vê insinuar-se na sua imaginação uma ligação que desejava aprofundar entre as obras dos dois artistas: «Aconteceu fortuitamente; estava a trabalhar há algum tempo na obra de Gorky no âmbito da coleção […] quando o encontrei numa pintura do Jorge.» (Belo, Visão, 14 jul. 2022, p. 103) O seu olhar, informado pelo estudo prolongado da obra de Gorky, pressentiu uma potencialidade ainda por descobrir, alicerçada, como explica no seu texto do catálogo, na «relação possível entre os dois, obviamente díspares no tempo, […] pela utilização que ambos fazem da cor e pela sugestão de movimento nos seus trabalhos, longe de qualquer associação de carácter mais histórico» (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, p. 8).

A proposta foi bem acolhida por Penelope Curtis, que, em 2019, lançou um convite a Jorge Queiroz, artista contemporâneo com um percurso que se destaca no panorama das artes visuais – a própria ex-diretora do MCG se refere a Queiroz como «perhaps Portugal’s foremost painter» (Curtis, Art Monthly, n.º 462, dez. 2022, p. 39) da atualidade –, para criar, com a curadoria de Ana Vasconcelos, um projeto que pensasse o modo como a obra de Arshile Gorky, artista de origem arménia com um percurso plenamente estabelecido na história da arte norte-americana da primeira metade do século XX, ecoava em si e na sua obra. A exposição realizar-se-ia em 2020 na Galeria de Exposições Temporárias do MCG.

Com a chegada da pandemia, no início de 2020, foi necessário estabelecer novas datas para a exposição e, na incerteza que se vivia no que respeitava à reabertura dos espaços museológicos, a mostra acabou por sofrer as contingências de um adiamento sucessivo. Além desta circunstância, a existência de uma entidade museológica única (MCG), composta por duas coleções e espaços autónomos, a Coleção Moderna e a Coleção do Fundador, chegou ao fim no segundo semestre de 2020, altura em que se retomou a organização autónoma e a denominação precedente (CAM e Museu Calouste Gulbenkian) e se deu a chegada do novo diretor do CAM, Benjamin Weil, que manteve a programação da exposição, tornando possível a sua apresentação entre 8 de julho e 17 de outubro de 2022.

Assente na própria história da FCG na sua relação com a Arménia, país de origem de Calouste Gulbenkian e de Arshile Gorky, a Fundação Gulbenkian detém, desde 1985, um depósito de 57 obras de Gorky oriundas da Coleção Mooradian, propriedade de Vartoosh e Karlen Mooradian, irmã e sobrinho do artista, respetivamente. Após a morte de ambos, este depósito tornou-se propriedade da Diocese da Igreja Arménia de Nova Iorque (Oriental), que conserva as obras na FCG. Além destas obras, a FCG adquiriu à Coleção Mooradian, em 1985, uma pintura e dois desenhos, atualmente parte do acervo do CAM. O estudo destas 57 obras e das três obras da coleção do CAM tem-se cumprido continuamente desde 1984­­, através de numerosos empréstimos a diversas instituições internacionais e da realização de exposições e edições respetivas organizadas pela FCG, nomeadamente as exposições de 1984 e 1985 (com itinerância em Paris), a exposição «Arshile Gorky» na sede da FCG em 1991, a mostra «Arshile Gorky. Desenho, Pintura e Escultura» em 1996, ou, mais recentemente, «Arshile Gorky e a Coleção», em 2014 e 2015, no CAM, com curadoria de Isabel Carlos, Ana Vasconcelos, Leonor Nazaré e Patrícia Rosas, e, com a curadoria de Ana Vasconcelos, «O Perfume das Maçãs», em 2003 no CAM, e em 2007, «Arshile Gorky. Hommage», organizada em parceria com o Centre Pompidou, em Paris.

Foi sobre este conjunto que Jorge Queiroz se debruçou, selecionando para a exposição 15 trabalhos do artista, entre pintura e desenho, todos daquela que é considerada a sua fase de maturidade, a década de 1940.

Arshile Gorky soma à sua capacidade artística e à sua pesquisa pictórica, carregadas de sucessivas inquietações formais e de tentativas de uma transcrição de um mundo interior próprio, uma história e uma personalidade singulares. A sua produção assentava na incessante hesitação e no conflito latente que o atormentava entre a ocultação e a revelação, trazida até nós através de uma imaginação prodigiosa e de ressonâncias memoriais, de invenções oníricas e de estados de alma que são transformados no traço, na forma e na cor, depositados na tela ou no papel com uma gestualidade abstratizante (sobretudo nos anos mais tardios), mas ainda assim indiciadora, como será observável no caso na pintura Last Painting (The Black Monk), de 1948. Emprestada pelo Museu Thyssen-Bornemisza para a mostra, a pintura – além da sugestão do título, que evoca um conto de Tchéckhov de pendor dramático que Gorky terá lido nas semanas que antecederam a sua morte – apresenta uma figura fantasmagórica (um facto curioso, já que Gorky tinha abandonado praticamente a figuração) e o uso predominante do negro, com apontamentos de cor. Por outro lado, a natureza pessoal enigmática de Gorky, a sua determinação e a sua força criativa, mas também a dúvida constante, a dificuldade do caminho e o êxtase do ato de criar, não podem dissociar-se da sua história de vida trágica, que constitui a chave para compreensão da sua essência: a fuga ao genocídio arménio, a morte da mãe, por fome e exaustão, nos seus jovens braços, a vida forçada à condição de refugiado, a invenção da sua personalidade pessoal e artística, ou mesmo os violentos incidentes mais tardios da sua vida – o incêndio que destruiu o seu ateliê e um grande número de obras já concluídas que se destinavam a uma próxima exposição individual em Nova Iorque, a doença que o debilitou gravemente e o acidente de viação que sofreu –, culminando no seu suicídio, em 1948. A figura de Gorky transita entre a tragédia e o arrebatamento, os seus modos extravagantes e teatrais e os seus humores violentos e oscilantes eram conhecidos daqueles que lhe eram próximos, mas Gorky dissimulava a tragédia, mantinha segredos, separando a vida e a persona, transformando-se numa figura misteriosa e inacessível. Mantinha-se no universo da sombra e criava.

Jorge Queiroz tomou posse desde cedo desta unidade insondável que é Gorky. A ideia de ser «visitado» por esta figura ou de «acolher» Gorky no seu espaço criativo levou Jorge Queiroz a procurar, antes de mais, uma atmosfera familiar onde poderia desenvolver essa conversa tutelar e permitir um caminho de acesso mútuo. Como escreveu Ana Vasconcelos, «Queiroz imaginou a exposição como um gesto, um gesto que instala um espaço onde se sobrepõem várias camadas» (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, p. 9). Queiroz definiu desde cedo o lugar da «cena»: o desenho da galeria (do qual, aliás, se apresenta o esboço no catálogo que acompanha a mostra) é da sua autoria. Aberta na sua amplitude central, a sala estruturava-se através das paredes laterais, pintadas de preto, que formavam um ziguezague angular que permitia a contínua descoberta das obras, ao invés de uma revelação imediata e total; concebeu um rodapé que nascia do chão, e, em dois momentos, umas pernas desenhadas também por Queiroz «deslizavam» das paredes para o chão. Este último, revestido na totalidade por uma esponja amarela de textura mole, advertia-nos para a entrada num outro espaço, que Queiroz pretendia «deslizante» ou «flutuante» (nas suas próprias palavras).

Além da já mencionada seleção das obras de Gorky, a seleção das próprias obras de Queiroz, com datas anteriores à proposta da exposição (entre 1998 e 2019), foi também determinada cedo, neste processo. A presença de elementos que serviam, de algum modo, a aura de mistério que a figura de Gorky carregava, como o «Busto do homem que gostaríamos de saber quem era», do Museu Nacional de Etnologia, ou os já referidos dois pares de pernas recortados no chão, contribuíram para a convocação de uma presença inventada, sonhada. A este conjunto de ideias que instalavam concretamente um lugar cenográfico (humorado e «queirosiano») da troca que viria a dar-se, acrescentou-se o referido empréstimo do Museu Thyssen-Bornemisza, a pintura Last Painting (The Black Monk), de 1948, que foi a última pintura que Gorky produziu, e que terá deixado no cavalete, antes de se suicidar.

As contingências da pandemia terão forjado um percurso criativo mais demorado do que aquele que Jorge Queiroz imaginaria. Na indefinição do tempo, a sua pesquisa avançava e adensava-se. Exemplo disso, serão as obras que Queiroz continuou a produzir para a exposição já em 2021, como Now I’ve got a witness – disposta na parede ao lado de Untitled (Virginia Landscape) de Gorky, numa das associações mais felizes da mostra – e Modo e Mondo, que integravam plenamente o mote criativo da exposição, para além daquelas que o artista já havia criado para o mesmo propósito em 2020, como Sopro Quente e Calafrio ou Na Clareira os Teus Olhos. Além da seleção definida na fase inicial do projeto (as 16 obras de Gorky, as 12 de Queiroz e o busto), Jorge Queiroz produziu 11 novas obras no contexto desta proposta expositiva, o que perfez um total de 40 obras apresentadas na mostra.

Este processo, reservado à intimidade do ateliê, foi a chave do encontro entre os dois artistas. Queiroz terá percorrido um caminho sem pressa, no qual as aproximações entre os dois assumiram um movimento que se imiscuiu no espaço e nas próprias obras: uma continuidade flutuante, ou, como afirma Queiroz, «uma exposição que faz um corpo com os nossos trabalhos, um corpo que constrói e que experimenta» (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, p. 28).

Mais do que procurar as semelhanças, os contágios e as dissonâncias, interessava experimentar as ligações que circulavam ou pairavam no espaço da exposição, numa associação livre que caberia a cada visitante decifrar e que Queiroz anunciou de modos ocultos, ou em camadas. Contrastando com o protagonismo do espaço, aparentemente apresentado sem qualquer embaraço (o amarelo do chão era gritante), as pistas para esta conversa entre os artistas estavam reservadas e jogavam-se na intimidade de uma troca que foi materialmente transformada. Terá sido talvez por isso que tudo pairava plenamente codificado através de numerosos enigmas, como os títulos sugestivos das obras, as pernas recortadas no chão, a ausência de um texto de parede que desse contexto ao visitante, a integração de um (único) elemento de escultura, aparentemente deslocado, mas com o plano frontal da entrada da sala, a estranheza reconfortante do chão que nos devolvia a noção do corpo e da gravidade. Mas também: as imensas figuras e seres que habitavam as telas e o papel em diferentes escalas, cores, movimentos, poses, mundos que, lentamente e só com muita atenção (por vezes, depois de visitas consecutivas à exposição), se apresentavam, mas que convocavam referentes formais e biográficos dos dois artistas, como a figura feminina em Now I’ve got a witness, ou a ligação entre a dificuldade de Gorky em desenhar as mãos da mãe na conhecida pintura The artist and his mother, e o vídeo 56 Seconds feito por Queiroz para a exposição (mostrado na discrição de um pequeno furo na parede), da sua mão a desenhar um cão, como a sua mãe lhe ensinara. A morte da mãe de Queiroz deu-se durante este processo, e o artista menciona-o no texto que escreveu para o catálogo. Eventos de natureza emocional e memorial fizeram parte do vocabulário deste trabalho, ainda que em camadas ordenadas de modo ambíguo. As cinco telas dispostas na parede ao fundo da sala, em frente da última pintura de Gorky, constituíam uma série criada para a exposição e todas estavam serigrafadas com linhas que simulavam papel de carta, evocação da leitura que Queiroz fez da correspondência de Gorky editada em 2018 – A Day Later, o nome sugestivo da série transformada em linguagem pictórica, erguida em «poéticas convulsivas que neles moram», como bem descreve José Luís Porfírio na crítica que redigiu sobre a mostra (Porfírio, Expresso, 22 jul. 2022, p. 68).

Alexander Nagel, Craig Hugh Smyth Professor no Instituto de Belas-Artes da Universidade de Nova Iorque (NYU), convidado a escrever para o catálogo, utilizou no seu notável texto a transcrição de uma longa passagem descritiva oriunda do romance Os Noivos, de Alessandro Manzoni (publicado em 1827), para de seguida afirmar o seguinte: «Esquivando-se ao seu próprio protagonista, Manzoni permite que nos percamos num exuberante canto do mundo, um colorido e abundante caos sem qualquer história, apenas irreprimíveis crescenças que competem entre si para se sobrepujarem, ou vergando-se umas às outras nos seus esforços para vingar e medrar. […] O espaço da exposição concebido por Queiroz, é uma cápsula de recortadas simetrias, colocando as obras de ambos os artistas, assim como os visitantes, numa arca que flutua por um espaço intermédio de excesso e ausência.» (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, pp. 29, 32)

De facto, será nesse ponto, entre o excesso e a ausência, entre a relutância da exposição e a fuga permanente, que se dá o (in)tangível encontro que permitiu celebrar uma surpreendente (ou talvez nem tanto) mutualidade. «Entramos na exposição com um anonimato absoluto e saímos com uma última marca pessoalíssima que se pode entender como uma assinatura superlativa», afirma José Luís Porfírio, ao confrontar-se com a última obra de Gorky (Porfírio, Expresso, 22 jul. 2022, p. 68).

Para circunscrever a experiência que convoca duas direções, o passado e o presente, Gorky e Queiroz, as obras de Queiroz e as obras de Gorky, um lugar suspenso, flutuante, as fortes imagens alegóricas, como a sugerida por Queiroz, «dois homens com chapéus atravessando uma ponte» (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, p. 23), ou a «arca flutuante» mencionada no texto de Alexander Nagel, Queiroz remata com a invenção do título da exposição em capicua, ou num jogo de avesso: «to go to». Pode afirmar-se que Queiroz levou longe o seu compromisso com o exercício proposto pela ideia da exposição. Lugar arrebatado, discreto, reservado, íntimo e abundante, «a obra conserva o seu enigma, e assim deve ser», como afirma Ana Vasconcelos, e os artistas também (To go to: Jorge Queiroz e Arshile Gorky, 2022, p. 11).

A exposição foi acompanhada de um catálogo bilingue (português e inglês) pensado por Ana Vasconcelos e Jorge Queiroz e com design de Vera Velez. Além da apresentação de Benjamin Weil, o catálogo contou com textos de Ana Vasconcelos, «CAP-I-CUA», do próprio Jorge Queiroz, «To go to», e do americano Alexander Nagel, «Excesso e Ausência». Uma lista de obras, imagens a cores de todas as obras mostradas na exposição e outros elementos, como o primeiro desenho que Queiroz fez da galeria e imagens de aspetos da exposição, fotografados por Teresa Santos, estão também patentes na publicação.

A inscrição mediática da mostra foi extremamente positiva, destacando-se as críticas redigidas por José Luís Porfírio, que lhe atribuiu cinco estrelas na Revista E, com o título «Convulsão versus convulsão» (Porfírio, Expresso, 22 jul. 2022, p. 68), Sérgio Fazenda Rodrigues, na Contemporânea online, «Jorge Queiroz, Arshile Gorky: to go to. O Sr. Gorky vem jantar» (Rodrigues, Contemporânea, 1 jul. 2022), Inês Belo, na Visão, «To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky. Para a frente e para trás» (Belo, Visão, 14 jul. 2022, p. 103), e José Marmeleira, «Jorge Queiroz encontrou Arshile Gorky numa exposição e agora estão juntos na Gulbenkian», no Público (Marmeleira, Público, 8 jul. 2022, p. 38).

Já em 2023, Penelope Curtis, ex-diretora do Museu e responsável pela programação da exposição, escreveu um artigo dedicado à exposição com o título «Art in dialogue», na revista Art Monthly, afirmando sobre os artistas que «looking at one helps us look at the other», e ainda «challenging us to work out how their paintings connect is like asking us why we enjoy looking at paintings at all. There is a fine balance between a kind of simple joy in finding and identifying more and more forms within a mass that seems at first to be alien, and a more complex appreciation of their skilled conjuring of space and mass, line and form. Each provides something ludic which dissembles a real and urgent need to make pictures» (Curtis, Art Monthly, n.º 462, dez. 2022, p. 39). Curtis volta a referir-se à experiência desta exposição noutro artigo também publicado em 2023, com o título «New wine in old bottles – contemporary art in historical settings» (Curtis, Apollo Magazine, 22 fev. 2023).

No âmbito da realização da exposição foram adquiridas obras de Jorge Queiroz para a coleção do CAM, a saber: Sem Título, de 2009 (a única das que se seguem que não esteve patente na mostra), Something in Common, de 2015, Mondo, Modo e Now I’ve got a witness, todas de 2021. O Museu de Arte Contemporânea de Serralves adquiriu duas obras da série A Day Later, e a obra Sopro Quente e Calafrio também foi vendida na sequência da mostra.

Jorge Queiroz foi distinguido em 2022 com o importante prémio «Sovereign Portuguese Art» pela obra Duende.

No seu blogue, Alexandre Pomar elege a exposição como uma das dez melhores do ano de 2022 (Pomar, Blog de Alexandre Pomar, 27 dez. 2022), assim como Luísa Soares de Oliveira, que a destacou do mesmo modo, no seu artigo no Público (Oliveira, Público, 21 dez. 2022).

A exposição contou com 25 635 visitantes.

Vera Barreto, 2023


Ficha Técnica


Artistas / Participantes


Coleção Gulbenkian

Aesthetics

Arshile Gorky (1904-1948)

Aesthetics, Inv. DEP-AGd37

Agony (Danjank)

Arshile Gorky (1904-1948)

Agony (Danjank), (1946) / Inv. DEP-AGd41

Agony of Van (Vana Danjank)

Arshile Gorky (1904-1948)

Agony of Van (Vana Danjank), (1945) / Inv. DEP-AGd30

Ante-Medusa

Arshile Gorky (1904-1948)

Ante-Medusa, 1947 / Inv. DEP-AGp12

Calendar (Daratsuyts)

Arshile Gorky (1904-1948)

Calendar (Daratsuyts), (1946) / Inv. DEP-AGd34

Dance of the Eyelids

Arshile Gorky (1904-1948)

Dance of the Eyelids, Inv. DEP-AGd29

Fruition (Hasnutyun)

Arshile Gorky (1904-1948)

Fruition (Hasnutyun), (1946) / Inv. DEP-AGd40

Garden of Wish Fulfillment

Arshile Gorky (1904-1948)

Garden of Wish Fulfillment, Inv. 85PE69

Images of the Haiyotz Dzor (Vale of Armenians)

Arshile Gorky (1904-1948)

Images of the Haiyotz Dzor (Vale of Armenians), 1945 / Inv. DEP-AGd31

Innocence of Aikesdan (Aikesdana Makrutyun)

Arshile Gorky (1904-1948)

Innocence of Aikesdan (Aikesdana Makrutyun), Inv. DEP-AGd35

Seat of Memory (Hishoghutyun)

Arshile Gorky (1904-1948)

Seat of Memory (Hishoghutyun), Inv. DEP-AGd43

Sem título (Paisagem da Virgínia)

Arshile Gorky (1904-1948)

Sem título (Paisagem da Virgínia), Inv. 85DE139

Souls of Holy Sign of the Demon Seizer (Charahan Surp Nishana Hokiner)

Arshile Gorky (1904-1948)

Souls of Holy Sign of the Demon Seizer (Charahan Surp Nishana Hokiner), (1946) / Inv. DEP-AGd36

Tree of the Cross (Khatchdzar)

Arshile Gorky (1904-1948)

Tree of the Cross (Khatchdzar), 1946 / Inv. DEP-AGd38

Vale dos Arménios

Arshile Gorky (1904-1948)

Vale dos Arménios, Inv. 85DE138


Eventos Paralelos

Visita(s) guiada(s)

To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky

1 out 2022
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições Temporárias
Lisboa, Portugal
Visita(s) guiada(s)

À Conversa com a Curadora e Artista. Ana Vasconcelos e Jorge Queiroz

8 jul 2022
Fundação Calouste Gulbenkian / Museu Calouste Gulbenkian – Galeria de Exposições Temporárias
Lisboa, Portugal

Publicações


Material Gráfico


Fotografias

Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Uiara Ala
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Uiara Ala
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
Imagens utilizadas no catálogo de To go to. Jorge Queiroz | Arshile Gorky
João Carvalho Dias (esq.); Rita Albergaria (dir.)
António Correia
José Adelino (esq.); Ana Vasconcelos (dir.)
Benjamin Weil (esq.); Ana Vasconcelos (dir.)
Ana Vasconcelos (esq.); José Adelino (centro); Guilherme d'Oliveira Martins (dir.)
Ana Botella
Guilherme d'Oliveira Martins

Multimédia


Documentação


Periódicos


Páginas Web


Fontes Arquivísticas

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa

Conjunto de documentos relativos à produção e divulgação da exposição. Contém memorandos, materiais gráficos, comunicados de imprensa, pressbook, publicações, entre outros. 2021 – 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 415035

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 414929

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 415223

Coleção fotográfica, cor: inauguração (FCG, Lisboa) 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 415293

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 418781

Coleção fotográfica, cor: aspetos (FCG, Lisboa) 2022

Arquivo Digital Gulbenkian, Lisboa / ID: 415374

Coleção fotográfica, cor: imagens para catálogo (FCG, Lisboa) 2022

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