Exposição

Cerâmica Decorativa Moderna Portuguesa

I Simpósio Internacional sobre Azulejaria

Exposição realizada para divulgação e estudo dos trabalhos dos ceramistas portugueses contemporâneos, associada à realização, em Lisboa, do I Simpósio Internacional sobre Azulejaria. Destinou-se a apresentar a situação da arte cerâmica e sua aplicação arquitetónica, quase desaparecida na primeira metade do século XIX em Portugal.

Exhibition centred on the promotion and study of the work of Portuguese contemporary ceramic artists, accompanying the presentation of the 1st International Symposium on Azulejaria in Lisbon. The show was designed to present the state of ceramic artistic practice and its architectural applications, a technique that came close to disappearing in the first half of the 19th century in Portugal.

Aspeto da exposição «Cerâmica Decorativa Moderna Portuguesa», Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1971. Arquivos Gulbenkian, F04-08736 © Mário de Oliveira

Exposição realizada no âmbito do I Simpósio Internacional sobre Azulejaria, que decorreu em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu do Azulejo, entre 13 e 20 de outubro de 1971, uma iniciativa da Comissão Internacional para os Estudos sobre Decoração Cerâmica (ICOST), com o patrocínio do Governo Português e da Fundação Calouste Gulbenkian.

A referida mostra, inaugurada em 14 de outubro de 1971, pretendeu ser um veículo de divulgação da cerâmica decorativa portuguesa e uma homenagem ao artista Jorge Barradas (1894-1971), que apoiou e promoveu o ressurgimento, e consequente desenvolvimento, da cerâmica moderna portuguesa.

Além dos diversos trabalhos azulejares selecionados, a iniciativa contou com uma apresentação bibliográfica de obras sobre azulejaria, com cerca de 400 volumes expostos.

Pretendeu-se com esta exposição apresentar a situação da arte cerâmica de aplicação arquitetónica, quase desaparecida em Portugal na primeira metade do século XIX mas em processo de ressurgimento desde cerca de 1860, com os trabalhos dos artistas Jorge Colaço e, posteriormente, de Jorge Barradas.

João Miguel dos Santos Simões, no texto de apresentação do catálogo, afirma: «Oxalá os exemplos possam determinar novas vocações e que o Azulejo Português, revigorado nas expressões estéticas actuais, volte a ocupar o lugar que conquistou, como a mais original e monumental criação artística do nosso País.» (Cerâmica Decorativa Moderna Portuguesa, 1971)

Isabel Falcão, 2016